O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), confirmou a pré-candidatura para a disputa ao Governo do Estado. A inscrição ocorreu na noite desta (12) segunda-feira, um dia antes de se esgotar o prazo legal para as inscrições, na terça (13). Assim, a corrida ao Palácio dos Bandeirantes ganha contornos regionais, com o ex-mandatário vicentino, Márcio França (PSB), já incluÃdo no xadrez eleitoral pelo cargo máximo paulista.
O cadastro do polÃtico de Praia Grande se deu instantes após a formalização à s prévias do nome de maior peso na agremiação tucana: o mandatário de São Paulo, João Doria.
Mourão não obteve os 20% mÃnimos entre os 3,6 mil delegados paulistas, que são exigidos nas regras de campanha partidárias da legenda. Contudo, teve o nome referendado pelo diretório estadual – situação semelhante à dos demais três pleiteantes da legenda: o secretário estadual de governo, Floriano Pesaro, o empresário Luiz Felipe d’Avila e o ex-senador José Anibal. A exceção é Doria, que recebeu apoio de 47% (ou 1.704).
“Penso que os pré-candidatos deveriam sentar imediatamente e tentar uma composição sem a disputaâ€, sintetiza o coordenador regional da legenda, Raul Christiano, defendendo amainar a disputa. O subsecretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edmur Mesquita, também é favorável a esse modelo.
Vai pra luta
Embora Mourão opte pelo silêncio público, seus aliados avaliam como nulas as chances de ele abrir mão da disputa interna. O afastamento dos holofotes nesse momento anterior à escolha partidária é considerado estratégica. Ele articula com os delegados adesão em torno de seu nome, uma vez que se apresentou à disputa com atraso em relação aos demais concorrentes tucanos.
Porém, os prefeitos tucanos Ademário Oliveira (Cubatão), Marco Aurélio (Itanhaém) e Luiz MaurÃcio (PeruÃbe) já declararam publicamente apoio ao jovem polÃtico da Capital.
“Não vi (apoio regional) em relação a outros candidatos, exceto a minha posição favorável ao Floriano Pesaro, companheiro de grupo polÃtico e de trabalho conjunto no governo Fernando Henrique Cardosoâ€, diz Christiano.
Mourão defendeu candidatura própria do PSDB à sucessão estadual mesmo quando o partido considerava apoiar o vice-governador Márcio França (PSB). O socialista costurou uma aliança com Geraldo Alckmin em troca de apoio na sucessão presidencial.
Independentemente do concorrente, a definição de um pleiteante tucano ao Palácio dos Bandeirantes pode se tornar uma pedra no sapato às aspirações do ex-prefeito vicentino. França vai concorrer nas urnas contra uma legenda no poder estadual desde 1995, com a eleição do santista Mario Covas (1930-2001).
Fonte: A Tribuna