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Região / Polícia

Atualização: Novo levantamento aponta 16 pessoas mortas e 181 presas durante a Operação Escudo

A ação policial completa dez dias nesta segunda-feira (7). Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) , o total de drogas apreendidas pelas polícias Civil e Militar chegou a 495 kg. Também foram recolhidas 22 armas entre pistolas e fuzis.

 

Foto: Danilo Verpa / Folhapress

Por Vinícius Farias

Em um novo levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), foi divulgado um aumento no número de prisões durante a “Operação Escudo”, na Baixada Santista. De acordo com o órgão, 16 pessoas foram mortas e 181 foram presas, entre detidos em flagrante e foragidos da Justiça. A ação policial completa dez dias nesta segunda-feira (7).

Segundo a SSP, o total de drogas apreendidas pelas polícias Civil e Militar chegou a 495 kg. Também foram recolhidas 22 armas entre pistolas e fuzis.

Com relação as mortes, a SSP informou que ao menos dez tinham antecedentes criminais por crimes como roubo, receptação, tráfico de drogas, entre outros. Não foram passadas informações sobre o restante, mas a pasta diz que todos morreram durante confrontos com a polícia.

Operação Escudo 

Foto: Reprodução

O que desencadeou a “Operação Escudo”,  foi a morte do soldado Patrick Bastos Reis, que foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, no dia 27 de julho. A vítima chegou a ser levada para uma unidade de pronto atendimento na cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um outro policial também foi ferido, mas na mão esquerda. Ele foi encaminhado para o Hospital Santo Amaro (HSA), onde passou por um procedimento e foi liberado.

De acordo com o inquérito da investigação, os indícios apontam para Erickson David da Silva, conhecido como “Deivinho”, de 28 anos, como o autor dos tiros que mataram o policial. Ele admitiu estar em um ponto de venda de drogas no local, no momento em que o agente morreu, mas alegou em depoimento que não disparou a arma. Ele foi identificado como o segurança da “Biqueira da Seringueira”, no alto do morro da Vila Júlia.

Deivinho foi preso no dia 30 de julho, após se entregar na Zona Leste de São Paulo.

O irmão de Erickson, Kauan Jason da Silva, de 19 anos, também foi preso por envolvimento na morte do soldado Reis. Segundo a SSP, Kauan foi o responsável por avisar o grupo de traficantes sobre a chegada de viaturas na comunidade em que eles atuavam.

Segundo o inquérito, o delegado da Delegacia Sede de Guarujá, Antonio Sucupira Neto, pede que sejam convertidas as prisões dos irmãos, de temporárias para preventivas.

 

Defesa

Foto: Reprodução

Segundo o advogado de Erickson, Wilton Felix, o homem é inocente e estava no local comprando drogas, pois seria usuário. De acordo com a defesa, assim que Deivinho ouviu os disparos fugiu do local.

O advogado informou que como as imagens de Erickson estavam sendo veiculadas como o principal suspeito da morte do PM, ele foi para outra cidade, mas resolveu se entregar “de livre e espontânea vontade”, em São Paulo.

Aumento no policiamento

Foto: Governo de São Paulo

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (31), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, deram detalhes sobre a operação. Foi anunciado pelo governador o aumento do policiamento, além de uma nova unidade policial, em Guarujá.

Segundo Tarcísio de Freitas, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.