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Região / Polícia

Da pedalada à cadeia: STJ decide que Robinho deve cumprir pena por estupro no Brasil

O placar final dos votos foi de 9 a 2, em favor do cumprimento da pena, de nove anos, em solo brasileiro. 

 

Foto: REUTERS/Alessandro Garofalo

Da redação

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o ex-jogador Robinho, que foi condenado por estupro na Itália, deve cumprir a pena, de nove anos, no Brasil. O placar final dos votos foi de 9 a 2, em favor do cumprimento da pena em solo brasileiro.

Os ministros também decidiram pela prisão imediata de Robinho. Esse pedido agora vai para a Justiça Federal de Santos, que deve executá-lo em até 48 horas. O ex-atleta tem uma mansão no Condomínio Jardim Acapulco, em Guarujá, e um apartamento em Santos.

A defesa do ex-jogador vai apelar da decisão em duas instâncias: ao próprio STJ e também ao Supremo Tribunal Federal. Ao mesmo tempo, os advogados de Robinho vão apresentar um pedido de habeas corpus para evitar sua prisão imediata. O pedido é que ele possa aguardar o julgamento dos recursos em liberdade.

O advogado de Robinho, José Eduardo Rangel de Alckmin, afirmou que ele está à disposição da Justiça e não vai se opor à prisão.

O caso 

Robinho e outros cinco amigos são acusados de estuprar uma jovem albanesa, no camarim da boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. O crime ocorreu em 22 de janeiro de 2013, enquanto atuava no time do Milan. Além do jogador, Ricardo Falco, outro brasileiro, foi condenado aos mesmos nove anos de prisão.

O também ex-jogador do Santos, Real Madrid, Manchester City e seleção brasileira, foi condenado em primeira instância pelo crime, em 2017.

Em janeiro de 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Como o país não extradita seus cidadãos, a Itália pediu o cumprimento da pena em território brasileiro. Em fevereiro de 2023, o governo italiano pediu a homologação da decisão da Justiça do país, para que Robinho cumpra a pena no Brasil.

Os outros suspeitos respondem outro processo, pois fugiram da Itália ao longo da investigação.