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Região / Polícia

Justiça Federal determina prisão preventiva para os suspeitos de atirar contra agentes da PF, em Guarujá

O delegado da PF, Thiago Selling, foi baleado na cabeça e precisou ser internado. Os suspeitos de atirar contra os policiais, Jefferson dos Santos Pereira e Rafael de Vasconcelos Batista da Silva foram presos em flagrante.

 

Foto: Reprodução 

Por Vinícius Farias 

A Justiça Federal determinou, nesta quarta-feira (16), a conversão de prisão em flagrante para preventiva dos dois homens suspeitos de atirar contra policiais federais, em Guarujá. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (15). O delegado da PF, Thiago Selling, foi baleado na cabeça e precisou ser internado no Hospital Santo Amaro (HSA). Na quarta-feira (16), o agente foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês. Os suspeitos de atirar contra os policiais, Jefferson dos Santos Pereira e Rafael de Vasconcelos Batista da Silva foram presos durante a ação.

A decisão da conversão foi do juiz federal Mateus Castelo Branco Firmino da Silva, após a audiência de custódia de Jefferson dos Santos.

De acordo com o documento, Rafael de Vasconcelos não teria comparecido ao julgamento, pois está internado no Hospital Santo Amaro. Durante o confronto contra os policiais, o suspeito foi atingido no joelho e segue na unidade sob escolta. A PF diz que assim que ele sair do tratamento será preso.

A medida foi tomada por haver indícios de que a dupla participaria de uma organização criminosa, além da participação na troca de tiros com os policiais.

O juiz também informou, que caso eles sejam postos em liberdade, há o risco de que eles voltem para a facção criminosa, o que caracteriza o risco à ordem pública.

Foto: Reprodução / Polícia Federal

Sobre o caso:

Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, foi baleado na cabeça durante uma ação da PF, denominada como Operação Caeté, que cumpria um mandado de busca e apreensão contra suspeitos de traficar armas e drogas, nesta terça-feira (15). Segundo a corporação, o grupo investigado manteria dois depósitos de entorpecentes em uma zona de mata, no Guarujá.

A ação dos policiais federais não é relacionada com a Operação Escudo, que chegou ao seu 21° dia. No total, 18 pessoas morreram e 459 foram presas na ação policial, que começou no dia 28 de julho após o assassinato do PM da Rota Patrick Bastos Reis.

Em cumprimento da Operação Caeté, houve uma perseguição e os bandidos foram em direção ao bairro Cachoeira e entraram em uma casa. Ao perceber a aproximação dos policiais, um dos suspeitos atirou. O disparo atingiu o delegado na cabeça, na altura do olho. Em seguida, houve troca de tiros. O policial ferido foi levado pela própria viatura da corporação ao HSA. Um dos suspeitos acabou sendo baleado no joelho.

Segundo a PF, dois suspeitos foram presos. Com eles estavam, uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas. Ambos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Santos onde foram autuados por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Thiago teve perda “mínima” de massa encefálica e passou por cirurgia no HSA. Segundo os médicos, ele teve boa evolução durante a noite e não foram verificados prejuízos às funções motoras, apesar da perda de massa encefálica. O delegado foi levado para a Praça Horácio Lafer, por volta de 12h30, e pegou um helicóptero para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.