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Região / Polícia

Polícia Civil participa da primeira fase de operação que apura prejuízo milionário

Da Redação

Policiais que atuam na 3ª Delegacia da DEIC do Deinter-6 de Santos, juntamente com equipes da Polícia Civil do Estado do Pará, efetuaram prisões de pessoas envolvidas em golpes contra uma empresa de distribuição de energia elétrica nos Estados do Pará e Maranhão, que gerou um prejuízo avaliado em R$ 1,2 milhão.

Há um ano, equipes policiais da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) do Pará investigam uma organização criminosa acusada da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, furto mediante fraude, falsificação de documento, estelionato e invasão de dispositivo informático com o objetivo de obter prejuízo econômico.

Segundo apurado, no primeiro semestre de 2020, hackers invadiram uma recém lançada plataforma digital da companhia elétrica e tiveram acesso aos dados cadastrais dos usuários. Fazendo uso de alta tecnologia, os criminosos alteravam o e-mail cadastrado para o recebimento da fatura mensal, colocando um endereço eletrônico falso, criado pelo grupo criminoso. Desta forma, quando a fatura verdadeira era encaminhada ao e-mail “fake”, os acusados mudavam o código de barra, e reenviavam a fatura, desta vez para o e-mail verdadeiro do cliente.

Sem conhecimento do esquema fraudulento, os consumidores efetuavam o pagamento, que tinha como destino a conta de pessoas utilizadas como “laranjas”. Sem a conta paga de forma efetiva, os consumidores tinham o fornecimento interrompido, acarretando grande prejuízo econômico.

Através de trocas de informações e inteligência policial nos trabalhos realizados entre as polícias dos dois Estados, nesta primeira fase da Operação “Energos” foram cumpridos mandados de buscas domiciliares e mandados de prisões temporárias na região da Baixada Santista.

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O primeiro alvo da operação, um homem de 54 anos, foi localizado no momento em que em ministrava aulas em uma escola particular em Santos. Ele é apontado como responsável pela invasão no sistema da empresa de energia. Em sua residência foram encontrados documentos, dispositivos de armazenamento, celulares, chips e um notebook, que estava com a câmera coberta com um adesivo, chamando a atenção dos policiais.

Em Guarujá, duas irmãs (40 e 42 anos) foram presas quando saíam de um prédio, localizado em uma área nobre da cidade. Uma delas, já praticou diversos golpes no setor imobiliário da região, e registra antecedente criminal pelo crime de estelionato. As mulheres são apontadas como autoras intelectuais do esquema milionário. Na residência das irmãs, celulares, documentos, computadores e folhas de cheques foram apreendidos.

Os três presos foram conduzidos à DEIC do Deinter-6 de Santos. Após a formalização dos atos de Polícia Judiciária foram encaminhados à cadeia pública, onde permanecem à disposição da justiça. Todo o material apreendido será periciado na cidade de Belém.

“É de grande importância estreitar os laços de atuação entre as polícias civis dos Estados para o enfrentamento e combate dos crimes praticados por organizações criminosas através da internet”, afirma o diretor do Deinter-6, Manoel Gatto Neto. Investigações e diligências prosseguem para identificação e prisão de outros integrantes desta organização criminosa.

Fotos: Divulgação/Polícia Civil