Policiais do 2° Distrito Policial de Cubatão receberam informações que o suspeito estaria em Cubatão desde março deste ano. Ele foi encaminhado à cadeia anexa ao 5º DP de Santos.
Foto: Reprodução
Por Vinícius Farias
Um homem condenado a 25 anos e oito meses de prisão, por participação no sequestro, execução e ocultação do cadáver de um investigador da polícia, em 2016, foi preso, em Cubatão. Cleidison Santos da Silva, de 28 anos, conhecido como “Cheiro”, é apontado como o “juiz” de um tribunal do crime e foi detido na manhã desta sexta-feira (28), no bairro Bolsão 9.
De acordo com a apuração, policiais do 2° Distrito Policial de Cubatão receberam informações que o suspeito estaria em Cubatão desde março deste ano. Ele foi capturado pelos investigadores Rogério de Oliveira Pinto e Gustavo Mantas Mosciaro, que encaminharam o criminoso à cadeia anexa ao 5º DP de Santos. O bandido aguarda remoção ao sistema penitenciário.
Sobre o caso
O caso aconteceu na madrugada de 25 de junho de 2016, quando o investigador Anderson Diogo Rodrigues, de 43 anos, foi sequestrado junto com a namorada dele pelos criminosos, na Ilha de Caraguatá.
Segundo a apuração, a vítima estava afastado da função havia cerca de dez anos por motivo de saúde.
O casal estava em uma pizzaria, quando foi descoberto que Anderson era policial civil. Cerca de três homens, entre eles Cheiro, renderam o investigador e a namorada, e os levaram para a Vila dos Pescadores.
Assim que chegaram ao local, a namorada do investigador foi liberada e o policial foi conduzido de barco até uma ilha fluvial em uma área de mangue, próximo à Vila Esperança.
As Policias Civil de Santos e Cubatão foram atrás do agente e prenderam um dos acusados do sequestro, em 27 de julho de 2016. O suspeito indicou o local da execução, que estaria em uma área de mata fechada.
Assim que os investigadores chegaram ao local, encontraram o corpo Anderson despido e com os braços na nuca, em posição típica de execução sumária. Com ele, outros quatro corpos foram encontrados.
Segundo as investigações, o RG do policial apresentava marca de tiro e ele teria sofrido tortura psicológica e física, momentos antes de ser assassinado.
Após isto, os policiais identificaram que o cemitério clandestino seria usado também como um “tribunal do crime” e que o acesso poderia ser feito de barco por Praia Grande, São Vicente, Santos e Guarujá.