Da Redação
Depois de a Justiça conceder prisão preventiva, o procurador Demétrius Oliveira Macedo foi preso na Capital, na manhã desta quinta-feira (23). Ele é o autor das agressões cometidas contra Gabriela Monteiro de Barros, procuradora-geral de Registro e chefe dele.
Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral de São Paulo, divulgou em entrevista que Demétrius estava internado em uma clínica em Itapecerica da Serra, município próximo a São Paulo. O procurador passará por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal antes de seguir para o Palácio da Polícia, também na Capital. Depois, o destino será a cidade de Registro, onde ficará preso.
Em sua conta pessoal no Twitter, o governador Rodrigo Garcia também trouxe a notícia da prisão de Demétrius: “Que a Justiça faça a sua parte agora e use contra ele todo o peso da lei. Agressor de mulher vai pra cadeia aqui em SP”, escreveu.
O mandado foi expedido na quarta-feira (22) pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Registro, Raphael Ernane Neves, que justificou que “nenhuma das medidas alternativas se revela pertinente”.
De acordo com o despacho do delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, que representou pela prisão do acusado na 1ª Vara Criminal da cidade, o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública.”
O inquérito policial instaurado para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora-geral, para fundamentar o pedido de prisão preventiva.
Demétrius já havia sido suspenso por 30 dias pela Prefeitura, com prejuízo dos vencimentos, em decisão publicada no Diário Oficial do Município.
Nas imagens registradas e que ganharam o Brasil inteiro, Demétrius agride Gabriela com socos e chutes, além de xingamentos. Ele também faz algo parecido com outra funcionária para seguir batendo em Gabriela, que tenta ser afastada por outra moça no escritório.
Inicialmente, Demétrius chegou a estar no 1º DP de Registro, confessou a agressão e alegou ter feito isso em razão de assédio moral sofrido. Ele havia sido liberado na ocasião porque o delegado considerou que não havia situação de flagrante.
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