A ação acontece há sete dias na Baixada Santista, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e o crime organizado.
Foto: Divulgação / Polícia Militar (PM)
Por Vinícius Farias
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou um aumento no número de pessoas presas durante a “Operação Escudo” na Baixada Santista. De acordo com a pasta, 16 pessoas morreram, sendo quatro em Santos e 12 em Guarujá. 84 pessoas foram detidas. Deste total de presos, 54 foram presos em flagrante e 30 foragidos da Justiça, capturados. Além disso, quatro adolescentes foram apreendidos. Também houveram as apreensões de 385 Kg de drogas e 21 armas apreendidas, entre pistolas e fuzis.
De acordo com a SSP, em sete dia de operação a polícia vistoriou 2.155 automóveis, dos quais 152 foram removidos, e 1.143 motocicletas, das quais 117 foram recolhidas. Dez veículos com queixa de furto ou roubo foram localizados.
Operação Escudo

Foto: Reprodução
O que desencadeou a “Operação Escudo”, foi a morte do soldado Patrick Bastos Reis, que foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, última quinta-feira (27). A vítima chegou a ser levada para uma unidade de pronto atendimento na cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um outro policial também foi ferido, mas na mão esquerda. Ele foi encaminhado para o Hospital Santo Amaro (HSA), onde passou por um procedimento e foi liberado.
O suspeito de matar Patrick Reis foi preso. Erickson David da Silva, conhecido como “Deivinho”, se entregou no último domingo (30) e teve a prisão temporária mantida por 30 dias.
Na madrugada desta quarta-feira (2), por volta de 2h, o irmão de “Deivinho” foi preso após também se entregar. De acordo com a corporação, Kauan Jason da Silva, de 19 anos, é suspeito de envolvimento na morte do soldado Reis na última quinta-feira (27).
Segundo a SSP, o Kauan foi o responsável por avisar o grupo de traficantes sobre a chegada de viaturas na comunidade em que eles atuavam.
Pedido do suspeito
Em um vídeo gravado antes de se entregar, Erickson pede para que Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, parem com a “matança” de inocentes. (veja abaixo)
No vídeo, ele diz: “Quero falar para o Tarcísio e para o Derrite parar de fazer a matança aí. Matando uma “pá” de gente inocente. (Estão) querendo pegar a minha família, sendo que eu não tenho nada a ver. Estão me acusando. É o seguinte, vou me entregar. Não tenho nada a ver, entendeu?”
Vídeo: Reprodução
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (31), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador e o secretário Guilherme Derrite, deram detalhes sobre a operação.
Quando perguntado sobre o vídeo feito pelo suspeito, Derrite afirmou que ele foi “uma estratégia do crime organizado”.
Aumento no policiamento

Foto: Governo de São Paulo
Ainda durante a coletiva, foi anunciado pelo governador o aumento do policiamento, além de uma nova unidade policial, em Guarujá.
Segundo Tarcísio de Freitas, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.