Da Redação
Nesse sábado (28) foi celebrado em Santos, o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e para celebrar esta data e também relembrando o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, celebrada no dia 30 de maio, foi realizada a Caminhada da Endometriose e Esclerose Múltipla. O objetivo era informar sobre os sinais, sintomas e conscientizar pela busca do diagnóstico destas doenças.
A caminhada saiu da Concha Acústica, na orla do Gonzaga (altura do Canal 3), e seguiu até a Praça das Bandeiras, em frente à Avenida Ana Costa. Com guarda chuvas amarelos, o evento tomou conta do calçadão e chamou a atenção de todos que estavam na praia. Cerca de 100 pessoas participaram ao evento.
O prefeito Rogério Santos (PSDB), recém chegado de viagem, passou rapidamente pelo local, onde conversou com os participantes. A vice-prefeita Renata Bravo esteve presente no evento e fez questão de valorizar o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo, lembrando que a mulher com endometriose costuma sofrer com muita dor. “Fazemos essa caminhada para dizer para as mulheres que estamos junto delas, dando o suporte tanto na saúde, diagnóstico e tratamento, quanto no apoio emocional para quem enfrenta essas doençasâ€.
A informação é o principal aliado para o diagnóstico precoce. Tanto a endometriose quanto a esclerose múltipla são duas doenças crônicas sobre as quais são comuns relatos de diagnóstico tardio e diminuição da qualidade de vida dos pacientes devido à demora na descoberta.
Cuidados
A presidente da Apembs (Associação de Portadores de Esclerose Múltipla da Baixada Santista), Francis Fernandes de Oliveira, explica que o diagnóstico rápido da esclerose pode ser o diferencial para mitigar ao máximo as sequelas. “Nossa luta é justamente para conseguir alertas as pessoas da existência da doença e informar sobre os principais sintomas para que elas busquem ajuda e isso auxilie no diagnóstico rápidoâ€.
No caso da endometriose, além de toda a dor pela qual as mulheres passam, o diagnóstico costuma ser muito difÃcil, por ser confundido com cólicas menstruais severas, como relata a presidente da Endomulheres (Associação de Endometriose da Baixada Santista), Flávia Marcelino. “O número é grande de mulheres que sofrem com a doença. Mais de 50 mil mulheres na Baixada e 8 milhões no Brasil, o que afeta diretamente a qualidade de vida delas, com dores incontroláveis”.
Outras ações de saúde também marcaram o evento na Praça das Bandeiras (final da caminhada), como a medição da pressão arterial, distribuição de preservativos masculino e feminino, além de orientações sobre infecções sexualmente transmissÃveis, dengue, chikungunya e primeiros socorros.
Ações de saúde em Santos
Presente na caminhada, o secretário de Saúde, Adriano Catapreta, enfatizou o cuidado que a Cidade tem, tanto no diagnóstico, quanto no tratamento das doenças. “Nossa busca é sempre pelo diagnóstico mais precoce e com o tratamento mais humanizado e por isso, sempre pedimos para que os munÃcipes procurem nossas policlÃnicas, pois serão sempre bem atendidos pela nossa equipe médica”.
Santos mantém serviços especializados para o acompanhamento das duas doenças: no Ambulatório de Especialidades Nelson Teixeira (Ambesp NT) são atendidos os portadores de esclerose múltipla; no Instituto da Mulher e Gestante e Complexo Hospitalar dos Estivadores (a depender da severidade do quadro clÃnico), as pacientes com endometriose.
Foto: Divulgação PMS