Da Redação
Setecentas e cinquenta bocas de lobo de 28 bairros de Santos foram desobstruÃdas e limpas no mês passado pelas quatro equipes gerenciadas pela Secretaria de Serviços Públicos (Seserp) destacadas para a manutenção do sistema de drenagem de águas pluviais.
Balanço apresentado nesta quinta-feira (5) pelo secretário Wagner Ramos destaca ainda a limpeza de 622 poços de visita e a desobstrução de 13.750 metros de ramais e 21.105 metros de galerias. Também em abril, foram atendidas 243 caixas de decantação, 241 delas referentes aos chuveirinhos da Orla, e desobstruÃdos 80 metros do Córrego do Tetéu, no Morro Boa Vista.
O secretário ressalta a importância de a população descartar lixo e objetos inservÃveis nos locais adequados, de forma a evitar a obstrução da rede de drenagem, que pode provocar alagamentos em perÃodos de chuva, inclusive de média intensidade. “As bocas de lobo são portas de entrada do sistema de drenagem e, se houver sacolas plásticas, garrafas pet, copos descartáveis e outros objetos nas calçadas e ruas, a chuva pode jogar esse material na rede, comprometendo a vazão do sistema”.
Ele lamentou ainda a presença de concreto na rede de drenagem, proveniente de obras de construção. “Grande parte do sistema da Rua Dom Lara, no Boqueirão, está comprometido, em decorrência de duas construções”, comentou, ressaltando que os órgãos de fiscalização já foram acionados para orientar os responsáveis pelas obras. Wagner Ramos lembrou que, em março, nada menos que 100 quilos de concreto foram retirados da rede de drenagem da Rua Itapura de Miranda, também no Boqueirão, por equipes da Seserp.
O material proveniente de uma construção estava obstruindo parte da rede e retendo lama, folhas e materiais plásticos, o que impedia o escoamento normal das águas pluviais. “Se não houver maior atenção e cuidados, resÃduos da preparação do concreto podem ser carregados para a rede de drenagem, obstruindo-a”. Resultado da mistura de cimento, areia, brita e água, o concreto forma, inicialmente, uma pasta que pode ser moldada em formas. Mas, com o tempo, essa mistura endurece pela reação da água com o cimento, adquirindo resistência mecânica.
Bairros
Duas equipes da Prodesan atuam pela manhã e outras duas à tarde, com a retaguarda de dois caminhões hidrojato por perÃodo, responsáveis pela limpeza final, após a retirada manual de objetos, lixo e terra. No mês passado, foram desobstruÃdas bocas de lobo nos bairros Valongo, Centro, Vila Mathias, Aparecida, Boqueirão, Campo Grande, Embaré, Encruzilhada, Gonzaga, Jabaquara, José Menino, Macuco e Marapé. E ainda: Pompeia, Ponta da Praia, Vila Belmiro, Alemoa, Areia Branca, Caneleira, Castelo, Chico de Paula, Rádio Clube, Saboó, Santa Maria, São Manoel, Vila São Jorge, Bom Retiro e Morro Santa Maria.
As equipes desobstruiram também poços de visita nos bairro Valongo, Vila Mathias, Aparecida, Boqueirão, Campo Grande, Embaré, Encruzilhada, Gonzaga, Jabaquara, José Menino, Macuco, Marapé e Pompeia.
O serviço, em abril, se completou com atendimento à Ponta da Praia, Vila Belmiro, Alemoa, Areia Branca, Caneleira, Castelo, Chico de Paula, Bom Retiro, Rádio Clube, Saboó, Santa Maria, Vila São Jorge e Morro Santa Maria.
Sistema de drenagem
Bocas de lobo, chamadas também de bueiros, são equipamentos de drenagem localizados em pontos estratégicos nas sarjetas, junto ao meio-fio, para captação das águas das chuvas. São construÃdas em alvenaria e concreto, redirecionando o esgoto pluvial à s tubulações, que desembocam nos canais. Santos possui quase 12 mil bocas de lobo.
Já os poços de visita são dispositivos construÃdos nas calçadas ou nas vias públicas, posicionados nos pontos de interligação de trechos de redes, mudanças de diâmetro, nÃvel ou direção de tubulações. Além de impedir que as redes se rompam com a pressão da água da chuva, eles servem como acesso para as equipes de manutenção. A Cidade tem aproximadamente 6.300 poços de visita.
Além de terra e areia carregados pelas chuvas para dentro da rede de drenagem pluvial, também são encontrados nas tubulações os mais diversos resÃduos descartados irregularmente nas vias. Para manter a fluidez da rede pluvial, diminuindo riscos de alagamentos, a limpeza e desobstrução ocorrem tanto de forma manual, com o auxÃlio de pás ou varas de metal, quanto com o uso de caminhão hidrojato. Por meio de uma mangueira, o hidrojato libera água em pressão dentro da rede, empurrando os resÃduos, que são removidos pelas equipes.
Foto: Divulgação PMS