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Santos / Cotidiano

Livro Santos, Seus Bairros, Seus Cinemas, de Audrey Duarte e André Azenha, será lançado dia 28, no Cine Roxy 5

Obra é regada à nostalgia cinéfila.

 

Foto: Divulgação

Da redação

Dois profissionais de comunicação, professores. Uma designer. Um jornalista. Dois amantes do cinema. Ela, enquanto designer e professora, também passou a ter o cinema como parte integrante de suas profissões. Com ele, o mesmo, na atuação como produtor cultural e crítico de cinema. Audrey Duarte e André Azenha, amam a experiência cinematográfica em suas várias possibilidades: do entretenimento à reflexão, da ida na companhia de pessoas queridas a ir ver filmes sozinhos.

A liturgia da experiência cinematográfica despertou neles também a paixão por Santos, sua ruas, seus bairros, suas pessoas. E decidiram, no livro Santos, Seus Bairros, Seus Cinemas (Cinezen Edições Literárias), trazer um bom bocado deste amor à sétima arte e sua relação com a cidade onde cresceram, vivem e trabalham. O livro terá seu lançamento com uma tarde de autógrafos no dia 28 de abril, sexta-feira, a partir das 16h, no Cine Café do Cine Roxy 5 (Av. Ana Costa, 443, Gonzaga).

O projeto, contemplado no 9º Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes do Município de Santos (Facult), contará ainda com palestras em escolas públicas da cidade.
O livro, de caráter introdutório, conta com 76 páginas, miolo com papel offset 90 gramas e capa em papel cartão supremo 250 gramas. O valor é R$ 30.

Santos, Seus Bairros, Seus Cinemas não tem a pretensão de ser um registro histórico, afinal, não é feito por historiadores e nem segue os devidos métodos para poder ser considerado assim. Nem é, também, um produto jornalístico na acepção do termo, por mais que seus autores venham da área de comunicação (uma publicitária e um jornalista).

Santos, Seus Bairros, Seus Cinemas é regado à memória afetiva, nostalgia. Uma nostalgia de pessoas que obviamente não viveram o início do século XX e muitas de suas décadas. Porém, que amam o assunto e têm a vontade de trazê-lo à tona. Quem sabe é o início de um projeto maior, mais profundo, que abarque outras mídias e linguagens artísticas? Encare-o como introdutório, básico, e o início de uma jornada que pode virar outro livro, uma coleção, ou exposição.

Nas páginas, o leitor poderá encontrar verbetes sobre o Cine Roxy (o “herói da resistência†e, por isto mesmo, o cinema com om maior número de páginas na obra), Cine Indaiá, Cine Iporanga, Cine Alhambra, Cine Atlântico, Cine Ouro Verde, Cine Polytheama Rio Branco (depois Paramount), Cinema Theatro Dom Pedro, Cine São José, Cine Carlos Gomes, Cine Teatro Coliseu, Cine Júlio Dantas, Cine Teatro Guarany, Cine Caiçara, Cine Gonzaga, Cine Itajubá, Cine Caiçara, Cine Independência, Cinema 1, Cine Praia Palace, Cine Astor, Cine Paratodos, Cine Teatro Campo Grande, Cine Casino, Cine Miramar (antigo, no Boqueirão), Cine Avenida, Cine Bandeirantes, Cine Santo Antonio, Cine Bandeirantes, Cinema do Clube XV (ao ar livre), Cine Glória, nos quais a população encontrava, perto de casa, opções de lazer e cultura, tendo a chance de descobrir filmes que se tornariam clássicos e cults.

Há ainda depoimentos de profissionais que trabalham a questão da cinefilia e da memória cinematográfica: o jornalista Sergio Williams, cujo site Memória Santista foi fonte de pesquisa para o livro e mantém material inigualável, Waldemar Lopes, crítico de cinema e professor que há quase 30 anos realiza a tradicional Palestra Beneficente do Oscar, Eduardo Ricci, produtor cultural criador do Cineclube Lanterna Mágica e do Cineme-se, Marcia Okida, designer e professora idealizadora do projeto Cine Surpresa. E há ainda um depoimento da assistente-social Ângela Cristina Piedade Medeiros, selecionado após pesquisa feita em grupos de memória santista no Facebook. Também é resgatado um relato do crítico Rubens Ewald Filho, sobre como o cinema salvou sua vida. Na parte final do livro, há um panorama de projetos que mantém a cinefilia santista pulsante.