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Santos / Cotidiano

Planejamento estratégico será desenvolvido para enfrentar mudanças climáticas e realinhar prédios tortos em Santos

A Prefeitura de Santos e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão desenvolver um planejamento estratégico para enfrentar os impactos das mudanças climáticas na Cidade. O foco do estudo será na implantação de novas soluções de macrodrenagem e drenagem, em todas as regiões do Município, e a necessidade de intervenções complementares, como o reposicionamento dos prédios tortos da orla.

Há a possibilidade de o banco financiar as obras que forem apontadas como necessárias. O compromisso foi firmado entre o prefeito Rogério Santos e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, nesta sexta-feira (25), na sede do banco, em São Paulo.

O encontro foi articulado pelo deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, também presente à reunião, e contou ainda com a participação do secretário municipal de Governo, Fábio Ferraz, responsável pela implementação de projetos estratégicos para o desenvolvimento municipal. Em um primeiro momento, o plano vai englobar alternativas para minimizar os efeitos do aquecimento global em toda a Cidade, como a elevação do nível do mar e as enchentes ocasionadas pela alta incidência de chuvas torrenciais na região. Na sequência, deverá elencar obras e projetos, com as respectivas formas de financiamento, para solucionar os impactos.

Para o prefeito, os estudos proporcionarão o diagnóstico do sistema de macrodrenagem, drenagem e águas pluviais, com a integração das obras executadas e em andamento. “É uma oportunidade importante que vai ampliar as ações preventivas aos efeitos do clima, e apontar alternativas de desenvolvimento de projetos, integração com tudo o que vem sendo feito, e a implementação de novas medidas para garantir a manutenção da qualidade de vida dos santistas”.

Entre as áreas de maior atenção, segundo o prefeito, estão o potencial hídrico dos canais, a possibilidade de criação de piscinões, a adoção de molhes ou bags para recuperar a faixa de areia da praia, contenção de encostas e monitoramento dos morros, além do reposicionamento dos prédios tortos da orla. Mercadante explicou que o BNDES possui um setor específico para tratar de temas de sustentabilidade, com foco na adaptação das cidades aos desafios dos extremos climáticos.

Para a elaboração dos estudos sobre Santos, o grupo deverá contar ainda com especialistas internacionais. “Temos um desafio gigantesco e um compromisso com Santos, que é um patrimônio urbanístico e cultural, um importante centro universitário, uma cidade que tem um porto fundamental para a economia do Brasil e um polo turístico que precisa ser preservado. O BNDES tem muita experiência e pode ajudar Santos a se preparar para o futuro”.

Paulo Alexandre Barbosa destacou que o BNDES poderá financiar as soluções para conter os impactos das mudanças climáticas na Cidade e resolver problemas históricos, como os prédios tortos. “Precisamos preparar as cidades da Baixada Santista para fazer os enfrentamentos com obras e recursos que o BNDES tem disponíveis”.

Uma das possibilidades é que os recursos para as intervenções sejam do Fundo Clima, do próprio BNDES. Com cerca de R$ 20 bilhões para este ano, tem a finalidade de garantir recursos para projetos, estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.

O próximo passo será a troca de informações entre as áreas técnicas do BNDES e da Prefeitura, a cargo da Secretaria Municipal de Governo. Segundo Fábio Ferraz, durante o encontro já houve o primeiro contato com o departamento estatal, por videoconferência, e agora serão enviados os estudos atuais e os programas de desenvolvimento da Cidade.