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Santos / Cotidiano

Santos 475 anos: história, muitas vocações e constante desenvolvimento

Da Redação

Que Santos é uma cidade cheia de predicados, os moradores da cidade não têm dúvidas. Abriga o principal porto da América Latina – que movimenta um terço da balança comercial do País -, o maior jardim de orla da praia do mundo, muitas áreas verdes e belezas naturais que atraem milhares de turistas e um comércio pujante, além de amplo histórico de participação nos principais acontecimentos do Brasil.

Tudo isso começou em 1532, com a chegada à região de Martim Afonso de Souza, fundador da Vila de São Vicente, que estava acompanhado de inúmeros homens, entre eles Braz Cubas, responsável pela fundação da Vila de Santos.

Cubas transferiu o porto de São Vicente, que ficava na região da Ponta da Praia, para as proximidades do Outeiro de Santa Catarina e, em 1543, criou a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, o que teria contribuído para tornar o povoado conhecido pelo nome de Porto de Santos, elevado em 1546 à categoria de vila e, em 1839, à condição de cidade.

“No início do século 19, aparece uma figura importante para a cidade, José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos articulares da Independência do Brasil e que tinha uma visão à frente de seu tempo na luta contra a escravidão. Por esta importância, quase que a cidade foi chamada de Andradina, mas depois se decidiu por nomear como Santos”, explica o historiador da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), José Dionísio de Almeida, lembrando que por aqui a libertação de escravos ocorreu dois anos antes da assinatura da Lei Áurea, em 1886.

O porto, naquele período, era formado por 18 trapiches e recebia cafés que vinham de São Paulo em lombos de burros – o que, posteriormente, tornou-se inviável. E foi aí que mais dois fatores se somaram para ocasionar o primeiro grande desenvolvimento da Cidade, por volta de 1890: a construção da ferrovia São Paulo Railway, que ligava Santos ao planalto e às lavouras de Jundiaí e cidades do interior, e do primeiro trecho do cais do Porto de Santos.

Por conta desse desenvolvimento, a população aumentou consideravelmente e acabou sofrendo com doenças e epidemias. Também teve início nesta época a migração da população para outros bairros.

“Foram surgindo bairros como Vila Mathias, Vila Belmiro, até chegar à orla da praia que, por incrível que pareça, era considerada periferia e quase ninguém queria morar lá, porque a estrutura estava localizada no Centro. Depois a população ainda ocupou a Zona Noroeste e os morros até chegar no que é hoje”, pontua Almeida.

Turística

A partir de 1910, Santos se tornou definitivamente uma cidade que atraía turistas, após a construção dos hotéis Internacional e Parque Balneário no bairro do Gonzaga e, posteriormente, em 1935, com a criação dos jardins da orla. Mais adiante, em 1947 a construção da Via Anchieta deu novo impulso ao desenvolvimento econômico e turístico.

Foto: Divulgação PMS/Arquivo