Da Redação

A derrota por 1 a 0 para o Athletico/PR e a eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil provocou protestos dos torcedores do Santos do lado de fora da Vila Belmiro.

Uma das organizadas do Peixe ficou perto da entrada e saída do ônibus da delegação ameaçando “dar porrada” e chamando o time de “sem vergonha”.

Logo depois do jogo, quando estava próximo do hotel em que está hospedado, o atacante Diego Tardelli, que entrou no segundo tempo da partida e fez sua estreia no Santos, viveu o que ele considerou “momentos de terror”. O carro em que estava foi fechado por outros e acabou quebrado.

“Quatro carros me seguiam até que paramos no sinal. Nisso, uns dois ou três me fecharam. Não tinha para onde correr. E começaram a quebrar meu carro, falaram que eu ia morrer, aquela tortura que fazem quando as coisas não vão bem. Contando alto, eram uns 10 vândalos”, disse o jogador, em postagem nas redes sociais.

Considerando-se “extremamente triste e chateado”, Tardelli não condena a cobrança da torcida, mas evidentemente que não aceita que seja desta maneira.

“Torcida tem todo o direito de cobrar. A fase do time não é das melhores. Mas isso não justifica passar pelo que eu passei. Em 15, 20 anos de carreira, é a primeira vez que passo por isso”, desabafa.

Em nota, o Santos Futebol Clube se pronunciou:

“Sobre o episódio ocorrido durante a madrugada com o jogador Tardelli e com outros membros do elenco, com ameaças, perseguições, emboscadas e atos de depredação, o Santos FC repudia veementemente a atitude de vândalos travestidos de torcedores e ressalta que dará todo o apoio para que as medidas legais sejam adotadas para o reconhecimento e a punição dos agressores.

O Clube não reconhece essas pessoas como torcedores e sim como bandidos. A torcida tem o direito de protestar sobre os resultados, desde que de forma civilizada.”

Foto e vídeos: Reprodução Redes Sociais