Os deputados estaduais Ediane Maria (PSol), Eduardo Suplicy (PT) e Paula Nunes, integrante do mandato coletivo Bancada Feminista do PSol, protocolaram uma representação no Ministério Público de São Paulo (MPSP), pedindo apuração sobre uma suposta intimidação de agentes da Polícia Militar (PM) após a morte do menino Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, no dia 5 de novembro.
A criança perdeu a vida após ser atingida por uma bala perdida no Morro do São Bento, em Santos. O disparo, de acordo com declarações do coronel Emerson Massera, porta-voz da PM de São Paulo, teria partido da arma de um policial envolvido na ocorrência.
Os parlamentares solicitam que, em caso de constatada irregularidades, os PMs responsáveis sejam punidos pelo que classificaram como “crimes de violência institucional praticados contra vítimas sobreviventes e testemunhas da ação policial que resultou na morte” de Ryan.
Os deputados também acusam a PM paulista de intimidar os familiares e amigos durante o velório do menino, além de obstruírem o cortejo fúnebre até o local de sepultamento e citarem “a presença ostensiva de militares no Cemitério Municipal da Areia Branca, onde o corpo era sepultado, e a realização de abordagens violentas na frente do local”.
Na notícia-crime protocolada, os deputados destacam que a PMSP reforçou policiamento após a morte de Ryan para “reprimir manifestações de insatisfação” por parentes e moradores da comunidade. No texto, a deputada Ediane Maria afirma que visitou a família da criança em Santos, no dia 7 de novembro, e viu “inúmeras condutas invasivas que submetiam sobreviventes e testemunhas da ação policial a situações invasivas e vexatórias sem qualquer necessidade, ensejando a configuração do crime de violência institucional”.