Da redação
A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (12) na sede do Sindaport que é o Sindicato dos Empregados na Administração Portuária. O assunto discutido foi o novo plano do Portus, fundo de previdência complementar dos empregados da Companhia Docas. São quase 10 mil beneficiados em todo o país, a Baixada Santista representa a metade desse total com cinco mil participantes da ativa, aposentados e pensionistas.
De acordo com estudo elaborado por uma empresa de consultoria contratada pelo Sindaport e pela Associação de Participantes do Portus, para o instituto de previdência dos portuários ter mais um ano de vida, será preciso um aumento de 90% na contribuição dos participantes da ativa.
Já aposentados que recebem o benefício e têm descontado mensalmente 10%, essa porcentagem de desconto subirá para 23%. E os pensionistas que têm descontado em seu benefício, atualmente, 6% passarão para 13,8%.
Foto: Divulgação/Sindaport
Everandy Cirino dos Santos, presidente do Sindaport, disse que esse estudo já foi apresentado ao Governo Federal e é a única alternativa para salvar o Portus da liquidação. “Outros portos já aprovaram o reajuste porque sem isso o risco de liquidação é iminente. Além da aprovação do aumento, o Governo Federal quer que a gente retire da Justiça o processo movido contra o Portus e que barrou o aumento proposto em 2017 pelo interventor”, afirma.
Duas reuniões já foram realizadas com trabalhadores da ativa e aposentados para explicar e tirar dúvidas sobre o novo plano proposto e o que vem sendo discutido com o Governo. Mas somente na assembleia desta sexta-feira foi feita uma votação para saber quem aceita ou não o reajuste. “No período de um ano, Governo, Companhias Docas e Sindicatos terão que arrumar uma outra fórmula para sanar o Portus. Porém, de acordo com o estudo, esse prazo pode ser prorrogado por mais um ano”.
A proposta foi aprovada pela maioria. O sindicato espera que todo o esforço não seja em vão. “Acreditamos na continuidade do Portus e estamos mostrando que estamos dispostos a nos sacrificar por isso. Esperamos que o Governo faça o mesmo”, conclui o presidente do Sindaport.