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Santos / Saúde

1º Simpósio Mais Santos de Gestão da Saúde debate atendimentos pelo SUS na Baixada

Por Bárbara Farias

Uma radiografia dos atendimentos à população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS) dentro da cadeia que engloba hospitais, prontos-socorros, regulação de vagas pela CROSS, assistência social do terceiro setor e saúde mental, na Baixada Santista, relacionando os gargalos, repasses governamentais insuficientes e o déficit de vagas SUS, foi o saldo do 1º Simpósio Mais Santos sobre Gestão da Saúde, realizado na noite de terça-feira (24), no salão nobre da Sociedade Portuguesa de Beneficência (Av. Bernardino de Campos, 47, na Vila Belmiro, em Santos).

Autoridades públicas e profissionais da área da saúde traçaram um panorama demonstrando que todos os órgãos e setores públicos e privados que atendem a população SUS dependente estão, de alguma forma, interligados, desde a assistência social e psicológica ao atendimento de média e alta complexidade, na região metropolitana da Baixada Santista.

O simpósio foi realizado pelo Grupo Liberado Junior de Comunicação e Mais Eventos, e teve como mediador o jornalista e apresentador do programa Balanço Geral, da Record TV Litoral, William Leite.

Na primeira rodada de discussões, a presidente do Mensageiros da Luz, Edna Daguer, a presidente do Instituto Neo Mama, Gilze Francisco, o presidente da Casa da Esperança,
Charles Ferreira Dias, e o diretor técnico do Hospital Sociedade Portuguesa de Beneficência, Mário Cardoso, representando o presidente Ademir Pestana, discorreram sobre o tema “Quem paga a conta?”.

Os representantes do terceiro setor, Edna Daguer, Charles Dias e Gilze Francisco enfatizaram que as instituições dão uma retaguarda importante e complementar ao atendimento da população carente, no tocante à humanização, porém, destacaram que a conta não fecha, pois têm arrecadação inferior ao valor de despesas mensais.

As instituições Mensageiros da Luz e Casa da Esperança ainda contam com verbas oriundas de fomento e subvenções da Prefeitura de Santos, no entanto, Edna e Charles, respectivamente, afirma que os repasses são insuficientes para o custeio total. Já o Instituto Neo Mama, embora seja declarado de utilidade pública em âmbito municipal, não recebe nenhum repasse público, somente de empresas parceiras e voluntários, mas que também são insuficientes para custear a totalidade de gastos, segundo Gilze Francisco.

O diretor técnico da Beneficência, Mário Cardoso, destacou que como o hospital é filantrópico, destina 60% das vagas ao SUS e 40% às vagas supletivas, porém disse que o Governo Federal responde pelo repasse financeiro de apenas 20% enquanto que a medicina supletiva garante 80% do crédito da instituição.

Na segunda mesa de discussões, a psicóloga Márcia Atik, a coordenadora do curso de Psicologia da Unisantos Iara Cândido Chalela, o diretor dos cursos de Fisioterapia e Farmácia da Unisanta, Ivan Cheida, e o presidente da Beneficência, o vereador Ademir Pestana, comentaram sobre o tema “Doenças emocionais são o mal do século? Qual o papel de medicina diagnóstica frente a essa patologia?”

Os convidados ressaltaram a velha máxima do “corpo são, mente sã”, ou seja, que a saúde mental afeta diretamente a saúde do corpo e é fundamental para a cura de doenças físicas.

A terceira e última rodada de discussões teve como tema a “Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS)” e contou com as presenças da diretora do Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista (DRS IV), Paula Covas, do secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, da vereadora da Câmara Municipal de Santos, Telma de Souza, do diretor de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Guarujá, Marco Antonio Chagas, e da diretora da Alta Excelência Diagnóstica, Claudia Cohn.

“Um simpósio como este, como esse tema, esclarece as pessoas a respeito do que é esse sistema de oferta e serviços na região. O Sistema CROSS só operacionaliza o que se oferta de serviços, exames e internações na região. E a gente tem alguns vazios existenciais e gargalos, ou seja, serviços que não são suficientes, embora existam e não atendem toda a demanda na região. Estamos buscando soluções em outras regiões do Estado de São Paulo para esses gargalos e alguns investimentos e novas parcerias dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) da região”, afirmou a diretora da DRS-IV, Paula Covas.

O diretor do Grupo Liberado Junior de Comunicação, José Liberado Junior, faz um balanço positivo do 1º Simpósio Mais Santos sobre Gestão da Saúde. “O 1º Simpósio Mais Santos sobre Gestão da Saúde foi um sucesso! Agradeço às autoridades e aos profissionais aqui presentes que contribuíram para a discussão desse tema tão relevante que é a gestão da saúde na Baixada Santista. Cada um, com a sua experiência de gestão em seus respectivos órgãos públicos e instituições, contribuiu para expor o real quadro da saúde pública na região. Os profissionais traçaram um diagnóstico apontando onde está o problema e o que precisa ser feito para o atendimento da população, dentro de toda a cadeia que vai da assistência social à alta complexidade médica. Acredito que, nós, o Grupo Liberado Junior de Comunicação, contribuímos, com esse encontro, para o avanço das melhorias da saúde pública na região metropolitana”, afirmou Liberado Junior.

O simpósio teve o patrocínio de Alta Excelência Diagnóstica, Sociedade Portuguesa de Beneficência, Prefeitura de Santos e Universidade Santa Cecília (Unisanta). Apoio de IDO by Selene Oliveira, Carolles Bistrô & Wine Br by André Perrella, Universidade Paulista (Unip) e Prefeitura de Guarujá e Record TV Litoral.

Veja a cobertura completa do simpósio, com as entrevistas dos convidados, na edição de domingo (29), da Mais Santos Online (www.maissantos.com.br).