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Santos / Saúde

Autocuidado

Desde a década de 1980, há intensa discussão acadêmica sobre saúde. De um conceito fortemente biológico, que entendia saúde como ausência de doença até os dias de hoje, quando se assume a saúde como resultado da intersecção de fatores biológicos, políticos, sociais, religiosos, de atenção à saúde, entre outros.

As doenças, como disfunção orgânica, podem ter origem genética, quando há, de certo modo, uma programação no corpo para que ela aconteça. Porém, cada vez mais o estilo de vida está vinculado ao estilo de vida e ao conceito de autocuidado. Porém há de se ter claro as limitações de cada ação.

O primeiro aspecto referente ao desenvolvimento do autocuidado é literacia quanto ao assunto, ou seja, qual o grau de compreensão que a pessoa tem sobre a manutenção da saúde e do desenvolvimento da doença. É preciso conhecimento para que se possa tomar a melhor decisão sobre saúde, isenta de preconceitos, medos e da influência econômica da “indústria da saúde”.

Outro aspecto que há ser considerado é que o Estado tem responsabilidade constitucional em atender as necessidades da população. O sistema de saúde tem de ser eficaz e garantir ações de proteção (p. ex. vacinação), promoção (p. ex. educação em saúde) e recuperação (p. ex. serviços médicos e terapêuticos) da saúde. Para isso é necessário financiamento e gestão adequados.

Um terceiro ponto a ser desenvolvido é o grau de independência que a pessoa apresenta. Pessoas com transtornos psíquicos podem não ser capazes de manter o cuidado de si próprio. Assim como é evidente que o analfabetismo compromete o pleno entendimento de instruções e ações no autocuidado.

Nesse item também é importante a idade do indivíduo. Crianças, jovens e idosos são menos aderentes, por motivos diversos, às demandas do autocuidado. A criança pela capacidade de aprendizagem, o adolescente pela impetuosidade e o idoso pela resistência a mudanças e dificuldades de memória e concentração.

E um quarto ponto tão importante quanto os demais é concepção que os profissionais da saúde devem ter em promover o autocuidado, respeitando o direito do cidadão em tomar as suas próprias decisões. Os profissionais da saúde não podem simplesmente impor suas condições sem ouvir o paciente e se fazer entender. Há de se estimular o autocuidado consciente e responsável.

O  Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br