A Prefeitura de Santos realizou diversas ações para bloquear o sarampo na cidade. Depois da confirmação da doença contraÃda por uma servidora pública, que participou de quatro ações de investigação do surto no navio, o sábado (9) e o domingo (10) foram de campanhas espalhas pela cidade.
A PoliclÃnica do José Menino/ Pompeia, que fica à avenida Floriano Peixoto, 201, ficou aberta, excepcionalmente, ontem para imunização de moradores da área onde está acontecendo o bloqueio vacinal e que, por algum motivo, as pessoas não puderam tomar a dose durante a visita dos agentes de saúde nas residências.
De acordo com o balanço da municipalidade, mais de 500 pessoas foram imunizada neste domingo.
A ação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também foi realizada na avenida Bernardino de Campos (entre os números 598 e 638) e nas ruas Floriano Peixoto (entre 196 e 214), Euclydes da Cunha (entre 151 e 187) e ParaÃba (entre 101 e 121), com mais de 30 enfermeiros que, desde as 9h, percorrem 420 residências.
Moradora da Rua ParaÃba, Carla Americano, de 43 anos, mãe de Lorenzo, foi uma das atendidas pelos profissionais de saúde.
“Apesar da carteira de vacinação da gente estar atualizada, o reforço é importante. Conheço algumas mães que ficaram com receio porque os filhos já foram vacinados. Mas é importante participar porque esses profissionais estudaram para isso e sabem o que estão fazendo. A gente tem que confiar na importância do bloqueioâ€, afirmou.
No sábado (9) – o balanço de vacinação das equipes de Enfermagem da SMS que atuaram no Concais para imunizar os passageiros que embarcaram no navio MSC Seaview foi de 2.277 pessoas vacinadas, 2.039 dispensados (vacinados ou maior de 60), 447 recusas, 35 especiais e 118 que não apareceram.
Histórico
A confirmação do sarampo na servidora foi dada na tarde de sexta-feira (08) pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência do governo estadual. Os primeiros sintomas e suspeitas apareceram no dia 27, sendo que as amostras da paciente foram enviadas ao laboratório no dia 29. Ela não apresentou sintomas clássicos da doença (como as manchas avermelhadas), apenas coceira e permaneceu em isolamento social por uma semana.
A servidora, que estava com o esquema de imunização completo e tomou duas doses da vacina nos anos de 1988 e 2016, participou das quatro ações de investigação do surto de sarampo no navio, com uso de máscara, luvas e avental cirúrgico.
Bloqueio no Devig e entorno acontece nesta segunda (11)
A equipe de profissionais do Departamento de Vigilância em Saúde (Devig), que funciona à Rua Amador Bueno, 333, local de trabalho da servidora com de sarampo, será alvo de bloqueio vacinal nesta segunda-feira (11), a partir das 9h. Em frente ao edifÃcio também será montada uma tenda para imunizar os moradores e comerciantes do entorno.
Na ação de bloqueio, a vacina contra o sarampo não é recomendada para crianças abaixo de seis meses de idade, gestantes e pessoas acima de 60 anos – já pacientes com imunodepressão (como câncer e HIV) devem ter liberação dos médicos que os acompanham.
O calendário do Ministério da Saúde prevê a vacina contra o sarampo aos 12 meses (primeira dose) e aos 15 meses (segunda dose). Quem não foi vacinado enquanto criança precisa tomar duas doses da vacina, se tiver até 29 anos de idade, e uma dose para aqueles entre 30 e 59 anos.
No caso de bloqueio, pessoas de 30 a 59 anos têm de tomar mais uma dose, completando duas doses. As pessoas que já tomaram duas doses não precisam ser vacinadas na ação deste domingo, mas não terão a dose negada se manifestarem interesse pelo reforço. A SMS solicita aos moradores que tiverem carteira de vacinação que apresentem o documento para a melhor avaliação de cada caso.
Foto: Divulgação (PMS)