O sono é um processo fisiológico igual aos demais, como a digestão ou a respiração. Dormir é imprescindível e tem de ser em quantidade e qualidade adequadas que permitam a recuperação física e mental. O sono interfere no humor, memória, raciocínio e demais atividades mentais. Do mesmo modo, um sono de baixa qualidade pode induzir patologias como a hipertensão.

O sono se autorregula pelo relógio biológico, que por sua vez baseia-se em fatores externos como luz, sons, temperatura, odores e hábitos culturais. Ainda que se considere 8 horas regulares de sono por dia, há quem precise de mais e outros de menos. A quantidade e a qualidade de sono são adequadas quando a disposição para as atividades cotidianas não fica comprometida.

Como processo natural, o sono não deve ser induzido com medicamentos. Mas, quando necessário, os medicamentos indutores de sono devem ser utilizados pelo menor tempo possível, sendo que o máximo aceitável é entre quatro e seis semanas. A partir daí os medicamentos indutores de sono passam a produzir tolerância, exigindo-se doses maiores e induzindo o risco de dependência.

Para uma boa noite de sono são necessários hábitos saudáveis que podem ajudar até mesmo quem apresenta insônia crônica. Por exemplo, o local de dormir tem de ser silencioso, escuro e com boa temperatura. Como a luz das telas da TV, dos computadores ou dos smartphones induz o estado de vigília, as pessoas devem evitar esses aparelhos antes de dormir. Além disso, o som da TV mantem a mente alerta, principalmente pela variação sonora que ocorre.

Alimentar-se antes de dormir também compromete o bom sono. Pare de beber café, chá preto (ou mate) e refrigerantes do tipo cola, o mais cedo possível. Esses tipos de bebidas contêm substâncias estimulantes que comprometem o sono. Não durma durante o dia e agite-se, no caso de sentir sono. Deixe para dormir sempre à noite. Sem estabelecer como obrigação, é bom ter horários regulares de dormir, para condicionar o sono sempre para o mesmo momento.

O ronco pode ser um dos indicativos de má qualidade de sono, por estar associado à falta de ar (apneia) enquanto dormimos. O ronco também pode comprometer a qualidade do sono da companheira(o). Os homens roncam mais, assim como as pessoas obesas e as mulheres após a menopausa.

O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser feito pelo e-mail cim@unisantos.br.