Por Alexandre Piqui
A Baixada Santista tem forte vocação turística, isso é inegável. Para receber milhares de pessoas, há 563 estabelecimentos de hospedagem, dados que incluem o Vale do Ribeira. Os números são do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (SinHoRes) que faz ainda um alerta preocupante. A perda econômica deste segmento pode chegar a 50 milhões devido à pandemia.
Guarujá, Santos e Praia Grande são as cidades com a maior quantidade de instituições no setor. Segundo Heitor Gonzalez, presidente do SinHoRes, a maior parte da receita dos estabelecimentos locais é gerada no período do verão, outra parte nas férias de inverno, que foram adiadas, e outra parcela no turismo de negócios, que movimenta em maior escala as cidades de Santos e Guarujá.
“Todos os encontros empresariais foram cancelados durante este período, e imaginamos que a retomada será mais lenta. Diante deste cenário, os hotéis estão negociando e organizando suas contas, em busca de uma alternativa”, destaca.
Desde o dia 23 de março, por decisão do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), ninguém se hospeda em hotéis, pousadas e similares. As atividades foram suspensas com o objetivo de desestimular o uso turístico da região.
Gonzalez relata que após realizar o balanço financeiro, alguns empresários estão optando por fecharem as portas e abrirem apenas no próximo ano para a temporada de verão, e outros estão em busca alternativas para retomarem o quanto antes. “As decisões são individuais, pois diversos fatores são analisados”, diz. A quarentena em todo o Estado de São Paulo segue até o dia 10 de maio.
Foto: Reprodução