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2.0 - REGIÃO

Lata de refrigerante prestes a completar 21 anos é encontrada na Ilha das Palmas

Por Alexandre Piqui

O fato curioso aconteceu na Ilha das Palmas onde fica a sede de um clube na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo. Renato Lemos Miranda, portuário, de 37 anos foi ao lugar a convite de um casal de amigos. Durante uma caminhada com o filho pelas pedras da ilha encontrou uma lata de alumínio.

Em entrevista ao MAIS SANTOS, o rapaz disse que o objeto descartado de forma irregular chamou atenção por ser diferente. “Eu puxei essa latinha com um pedaço de ferro que tinha lá no chão”, explica. Quando foi olhar a validade, a surpresa: a fabricação era de novembro de 1998, ou seja, prestes a completar 21 anos.

Segundo estudos, uma lata de alumínio como essa, encontrada pelo Renato, leva pelo menos 200 anos para se decompor na natureza. E sabe o que é pior? Essa não é a primeira vez que o portuário encontra um lixo da década de 1990. “Durante uma limpeza de rio em setembro de 2015 eu já tinha encontrado uma latinha de cerveja de 1995”, conta.

De acordo com a Associação Internacional de Resíduos Sólidos, cerca de 25 milhões de toneladas de lixo são lançados por ano nos oceanos. Para o biólogo Diego Freitas, não se pode adiar por mais tempo as ações de preservação do meio ao qual vivemos. “A educação ambiental é a melhor saída: orientar as pessoas sobre a maneira correta de realizar o descarte. É preciso também políticas públicas eficientes: coleta seletiva, descarte correto dos materiais para esse lixo não voltar ao meio ambiente”, explica.

Renato, que encontrou a latinha de alumínio, tem um trabalho social de plantio de árvores. Criado em uma família que sempre o educou sobre os cuidados com a natureza, ele lamenta o fato. “É um sentimento de tristeza em ver o impacto que nós seres humanos causamos a natureza”.

Fotos: Arquivo pessoal/ Renato Lemos Miranda