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2.0 - REGIÃO

Mobilização sobre autismo tem quebrado barreiras na Baixada Santista

Por Alexandre Piqui

A Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, decretou o dia 2 de abril como a data para conscientizar o mundo sobre a importância de se falar sobre o autismo.

Na Baixada Santista, uma entidade tem abraçado a missão de lutar pela causa. Ana Lúcia Leite Felix Jorge, mãe do Caco Junior, rapaz de 22 anos com autismo, é a presidente do Grupo Acolhe Autismo Santos. Ela conta que desde o início das atividades tiveram avanços importantes; como o Dia Municipal de Conscientização do Autismo, em vigor desde 2013; a Criação da Clínica Escola para Autistas de Santos; a Lei do Lacinho para atendimento prioritário, sancionada em 2018.

“Posso dizer, seguramente, que Santos e toda a Baixada Santista já não é mais a mesma desde que começamos a mobilização pelo autismo”, diz Ana Lúcia.

Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 54 pessoas.

Para dar voz às famílias e explicar a sociedade sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), nesta data, sempre acontecem vários eventos. Porém, devido ao coronavírus tudo precisou ser cancelado, inclusive a Caminhada Azul.

“Assim, passamos a dar asas à imaginação e a recriar as ações, pois a conscientização da sociedade e a disseminação de informações fidedignas, ainda são muito necessárias”, relata.

Acenda uma Luz Azul pelo Autismo

Uma campanha lançada na internet sugere que imóveis possam ser iluminados pela cor azul durante o mês de abril. Pelas redes sociais, a hashtag #respectro também faz parte do engajamento social promovido pela Revista Autismo.

“Além disso, a “Rede de Apoio” do GAA (Grupo Acolhe Autismo Santos) não parou, ao contrário, estamos multiplicando esse apoio”, destaca Ana Lúcia. As famílias recebem sugestões de atividades lúdicas, emocionais, por telefone e pelos canais de comunicação da entidade.

O trabalho ainda está longe do ideal, mas a luta para milhares de familiares de pessoas com TEA continua acontecendo. Ações que promovam bem-estar, informação e acolhimento tem sido a luz que muitos necessitam após descobrir o mundo azul.

Foto: Reprodução/ Internet