A decisão faz parte de uma ação conjunta entre os funcionários do metrô de São Paulo, a Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Sabesp. A princípio, a greve deve durar 24 horas. 

Foto: Divulgação / Sintius

Por Vinícius Farias

Desde às 0h desta terça-feira (3), funcionários da Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp) aderiram à greve de 24 horas que foi determinada em todo o estado. A decisão faz parte de uma ação conjunta entre os funcionários do metrô de São Paulo, a Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Sabesp. A paralisação acontece contra a privatização do transporte estadual e da estatal de saneamento, promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

De acordo com a Diretoria do Sindicato dos Urbanitários da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sintius), a decisão de cruzar os braços foi tomada durante assembleia virtual realizada em 26 de setembro. A população de ambas regiões não está sendo afetada pela paralisação.

“A paralisação dos trabalhadores não é uma luta corporativa, mas uma defesa dos interesses da população paulista, que deve ter acesso a serviços essenciais, como saneamento”, diz o Sintius, em nota.

Segundo o sindicato, as experiências nacionais e internacionais comprovam que a privatização do saneamento tem provocado o aumento das tarifas e piora na prestação dos serviços. Assim como em outras paralisações, a Diretoria do Sintius age de forma responsável para que os trabalhadores executem os serviços essenciais a fim de não comprometer a vida da população da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. Em todas as cidades, há equipes de plantão para realizar atendimentos emergenciais.

O Sintius ressaltou que a greve é um instrumento legítimo de luta, garantido pela Constituição Federal, e que possui um importante papel no desenvolvimento da sociedade.

Sabesp

Em nota, a Sabesp informou que os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos seguem operando regularmente. Desde as primeiras horas da manhã, a Companhia está monitorando a greve. Segundo eles, não foi necessário, até o momento, adotar medidas de contingência.

Governo Estadual 

Já o Governo do Estado diz que a Justiça determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em �gua e Esgoto e Meio Ambiente mantenha 85% dos servidores em serviços essenciais, em atividade, durante todo o dia.