Da Redação
Os motoristas e demais empregados da empresa Otrantur, que opera o transporte coletivo em São Vicente, anunciaram greve a partir da zero hora desta quarta-feira (19).
No entanto, uma liminar judicial garantiu que houvesse 100% da frota na rua – 47 ônibus – no horário de pico – ou seja, de 6 à s 9 horas, enfraquecendo o movimento grevista. Depois deste perÃodo, a circulação de coletivos se restringirá a 60% dos carros.
Em assembleia na noite desta terça-feira (18), com base na lei de greve (7783-1989), no sindicato dos trabalhadores rodoviários, eles confirmaram a paralisação.
Logo após a reunião, os trabalhadores e diretores do sindicato rumaram para a porta da garagem, na Rua Frei Gaspar, 2.833, na Cidade Náutica, onde se revezarão até o fim do movimento.
A categoria reclama salários, horas extras e benefÃcios atrasados, entre eles plano de saúde, vale-refeição, adicional de assiduidade, ‘PLR’ e férias vencidas.
No sábado (15), o presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana, publicou dois editais, um convocando a assembleia desta semana e outro avisando aos usuários sobre a greve.
FamÃlias desassistidas
No comunicado, ele pondera sobre “a intranquilidade dos trabalhadores e suas famÃlias, que estão prestes a ficar desassistidasâ€. E diz que “a mora tem sido contumazâ€.
No documento, Pestana adverte que, caso a empresa não salde as dÃvidas, a greve será por tempo indeterminado. Ele ressalta, porém, que os requisitos para preservar os usuários serão observados.
No edital de convocação da assembleia, o sindicalista reclama da falta de medidas sanitárias frente à nova onda da pandemia e destaca o risco de corte do plano de saúde.
Empresa e prefeitura
O documento responsabiliza a “inércia†da empresa e da prefeitura, como contratante dos serviços, pelo não cumprimento dos direitos trabalhistas. E adianta que acionará a justiça e o ministério público.
Em assembleia na semana passada, o vice-presidente, o secretário-geral e o diretor jurÃdico, Alberto Simões ‘Betinho’, Eronaldo Oliveira ‘Ferrugem’ e Walter Gomes ‘Mineiro’ orientaram os trabalhadores.
Lembraram que não devem fazer greves espontâneas, sem cobertura do sindicato e observação da lei de greve, alertando que isso poderá prejudicá-los em eventual julgamento.
Foto: Divulgação Otrantur