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Região / Economia

Relatório aponta dívida de R$ 683,5 milhões da Prefeitura de SV

Da Redação

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) de São Vicente apresentou a execução orçamentária do 3º quadrimestre de 2020, em audiência pública na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (22). Os relatórios financeiros do município foram apresentados pelo secretário Rodolfo Amaral.

Com os resultados completos de 2020, foi apurado que a dívida total da Prefeitura é de R$ 683,5 milhões, considerando a soma da dívida consolidada, de longo prazo, de R$ 391,5 milhões e restos a pagar, de curto prazo, de R$ 292 milhões.

Amaral explicou que o ponto mais crítico para as finanças da cidade é um déficit mensal na ordem de R$ 8 milhões. “Herdamos um custeio da máquina pública com gasto de R$ 84,5 milhões por mês, enquanto, em média, a arrecadação é de R$ 76 milhõesâ€, afirmou.

Apesar da situação delicada, o secretário garantiu que a Administração vem trabalhando para reverter esse quadro. “A nossa função é solucionar esse problema. Não estamos de braços cruzados amaldiçoando o passado. Estamos buscando formas de vencer esse endividamento.â€

O secretário da Fazenda mencionou caminhos para aumentar a arrecadação da cidade e antecipou que será criado um programa de refinanciamento de dívidas, ainda sem data de lançamento. “O município precisa recuperar os créditos que estão represados em sua dívida ativa.â€

Além disso, Amaral destacou as medidas de revisão de contratos e a meta de cortar 30% das despesas com Organizações Sociais e fornecedores. “É muito difícil operacionalizar, mas essas reduções juntas resultariam em uma economia de R$ 92 milhões.â€

Papel do Legislativo

A audiência pública foi presidida pelo Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Vicente, o vereador Jhony Sasaki. Para o representante do legislativo, a audiência pública é importante para que se possa entender como está a saúde financeira da cidade e para que os vereadores cumpram seu papel fiscalizador.

“Precisamos saber quais são os desafios daqui para frente, entender a crise orçamentária e saber o tamanho do buraco que a cidade se encontra. Além disso, podemos tentar entender quais são as perspectivas de acordo com a visão do secretárioâ€, destacou Sasaki.