O caso aconteceu no dia 27 de julho, no bairro Vila Júlia, em Guarujá. O soldado Reis foi baleado no tórax enquanto fazia um patrulhamento.
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Por Vinícius Farias
A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou a morte do soldado da equipe de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, além de outro soldado que ficou ferido na mão esquerda. O caso aconteceu no dia 27 de julho, no bairro Vila Júlia, em Guarujá.
De acordo com o relatório final, assinado pelo delegado titular da Delegacia Sede de Guarujá, Antonio Sucupira Neto, foram indiciados: André Paulo Barbosa de Freitas, David Jesus Santos, Gabriela Luz Rodrigues, Guilherme Pereira Lopes Lemos, Marco Antonio de Assis Silva ( Mazarope) e os irmãos Erickson David (Deivinho) e Kauã Jazon da Silva.
Os indícios apontam para Deivinho como o autor dos tiros que mataram o policial. Ele admitiu estar em um ponto de venda de drogas no momento em que o agente morreu, mas alegou em depoimento que não disparou a arma. Ele foi identificado como o segurança da “Biqueira da Seringueira”, no alto do morro da Vila Júlia. Kauan seria o “olheiro” da biqueira e Mazarope o vendedor dos entorpecentes.
Segundo o documento, o delegado pede que sejam convertidas as prisões dos irmãos, de temporárias para preventivas.
Já os outros foram iniciados por associação ao tráfico de drogas, mas não por participar do homicídio. Eles integram o mesmo grupo que vende drogas na Seringueira, mas não há provas de que estivessem no local.
Ainda há exames de perícia a serem feitos, mas o delegado deve pedir que os resultados sejam mandados diretamente à Justiça. O soldado foi atingido de uma distância entre 50 e 70 metros, com uma pistola 9 mm. A arma foi encontrada entre dois barracos e uma viela no morro, por meio de uma denúncia anônima.
A arma vai passar por perícia, juntamente com uma bala que ficou alojada no corpo do solado Reis, para comprovar se é a arma do crime ou não.
Em vídeos postados nas redes sociais, Kauan mostra uma arma parecida com a que o PM foi atingido.
O soldado Reis foi baleado no tórax enquanto fazia um patrulhamento pela Operação Impacto, realizada em Guarujá.
A vítima chegou a ser levada para uma unidade de pronto atendimento na cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um outro policial também foi ferido, mas na mão esquerda. Ele foi encaminhado para o Hospital Santo Amaro (HSA), onde passou por um procedimento e foi liberado.
Após a morte de Reis, se iniciou a “Operação Escudo”, com o objetivo de capturar os responsáveis pelo crime e combater as organizações criminosas, juntamente com o tráfico de drogas.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que até o momento, 16 pessoas morreram e 128 foram presas durante a ação policial.