O crime aconteceu no dia 14 de abril. O indivíduo seria o mandante do sequestro do agente, que foi encontrado 36 dias depois. Até o momento, 12 pessoas foram presas e 12 corpos foram encontrados.
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Da redação
A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (3) mais um homem acusado de envolvimento na morte do soldado da Polícia Militar (PM), Luca Romano Angerami, no bairro Santo Antônio, em Guarujá. O crime aconteceu no dia 14 de abril. O PM estava desaparecido há 36 dias, quando o corpo dele foi encontrado no alto do morro da Vila Baiana.
O indivíduo foi identificado como Gabriel Santos de Jesus, conhecido como “Irmão Biel”. Ele seria o dono da biqueira onde Luca foi visto entrando pela última vez. Segundo as investigações, Biel teria dado a ordem para o sequestro do policial.
Equipes da Força Tática da PM o encontraram na comunidade e o trouxeram para o Palácio da Polícia de Santos, onde ele está detido temporariamente. O investigado tem duas passagens por roubo e é investigado por organização criminosa, associação ao tráfico e homicídio.
PM desaparecido
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Luca Romano Angerami desapareceu na madrugada de 14 de abril, quando estava em uma adega no bairro Santo Antônio. Em um vídeo obtido pela reportagem é possível ver Luca no caixa do estabelecimento, conversando com um homem. (veja o vídeo acima)
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Em imagens de câmeras de monitoramento é possível ver a vítima no início da manhã, caminhando com outro homem pelas ruas do bairro, em direção a uma “biqueira”. (veja o vídeo acima)
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o veículo de Luca, um Toyota Corolla prata, foi localizado por policiais militares rodoviários em 14 de abril, por volta das 11h, no km 7 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na altura de Guarujá. Alguns objetos, como a chave do veículo, estavam dentro do carro, mas o celular da vítima não foi encontrado. A família de Luca rastreou o celular dele e a última atualização foi na manhã do mesmo dia, no Morro do São Bento, em Santos.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 20 de maio, no alto do morro da Vila Baiana. No mesmo dia, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa para esclarecer os fatos sobre o caso.
Segundo o delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), os depoimentos dos presos basearam a cronologia de como tudo aconteceu. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) vai determinar a data que o PM morreu.
A motivação do crime seria por Luca se tratar de um policial militar, estando “no lugar errado, na hora errada”. Conforme a investigação, o PM foi identificado enquanto estava na adega, no bairro Santo Antônio. Lá, os bandidos teriam colocado o soldado em um carro e o levado ao final da Rua Chile, na Vila Baiana, onde Luca foi visto pela última vez, entrando em uma ‘biqueira’.
Durante o trajeto, o jovem foi levado a uma casa abandonada, local utilizado para o ‘Tribunal do Crime’. Assim que a sentença do policial foi dada, ele foi levado até uma clareira, no morro, onde foi executado e colocado em uma cova.
Por conta da repercussão do caso e as buscas da polícia, os criminosos resolveram trocar o corpo de local, para que ele não fosse encontrado, o levando em um ponto mais alto no morro.
De acordo com a Polícia Civil, o lugar exato onde o corpo dele foi enterrado só foi descoberto graças a ajuda de um colaborador, não identificado, que sinalizou onde ele estaria. Conforme o investigador, sem as informações, Luca não seria encontrado. No dia 20, policiais do 1º e 5º Distritos Policiais de Santos caminharam durante duas horas seguindo a trilha deixada por essa pessoa para chegar no local.
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Em um vídeo obtido pela reportagem é possível ver o momento que o corpo de Luca é encontrado. (veja o vídeo acima)
Barbeiro disse ainda que a identificação foi feita através das tatuagens do PM e, apesar dos 36 dias em que ficou enterrado, o cadáver do policial ainda não apresentava muitos sinais de decomposição por conta das condições geológicas e geográficas da região. No entanto, ele estava com marcas de cortes e tiros, além de ter uma corda ao redor do pescoço. Conforme a corporação, Luca ainda foi torturado pelo tribunal do crime antes de ser enterrado.
Até o momento, 12 pessoas foram presas e 12 corpos foram encontrados. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, por meio de inquérito que apura os crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver.