A desistência dos profissionais do programa ‘Mais Médico’, divulgado pelo Ministério da Saúde, está também refletindo nas cidades da Baixada Santista. No último balanço do órgão, 1.052 médicos desistiram de participar do programa nos últimos três meses e esse número representa 15% das vagas preenchidas por profissionais brasileiros, após a saída de Cuba do projeto, em novembro de 2018.
A reportagem do portal de notícias MAIS SANTOS entrou em contato com as nove Cidades para entender como essa situação está sendo conduzida pelos municípios do Litoral.
Santos – O município possuía 24 profissionais vinculados ao programa Mais Médicos, do Governo Federal, na rede de Atenção Básica. Deste total, oito médicos cubanos atuavam dentro da Estratégia de Saúde da Família e deixaram seus postos no dia 21 de novembro de 2018 por causa do fim da parceria entre os governos do Brasil e de Cuba.
A Administração disse que com abertura de edital de seleção pelo Ministério da Saúde para a reposição dos profissionais, a Cidade recebeu oito médicos brasileiros, os quais passaram a atuar na rede municipal entre os meses de dezembro e janeiro.
Dos novos profissionais, um deles desistiu de participar do programa e pediu desligamento.
Agora o Município conta com 23 profissionais do Mais Médicos e espera abertura de novo edital de seleção pelo Ministério para a reposição dos postos vagos no programa, pois a Cidade pode abrigar até 30 profissionais.
São Vicente – A Prefeitura informou que atualmente 18 médicos do programa Mais Médicos atendem no município. Dois profissionais, que substituíram os médicos cubanos, desligaram-se do programa. Outros dois, que atuaram há mais de um ano em São Vicente, também pediram desligamento. A Secretária de Saúde informou que aguarda a posição do Ministério da Saúde sobre a reposição dos profissionais.
Cubatão – Segundo a Prefeitura, até o final de novembro na cidade trabalhavam pelo Programa Mais Médicos cinco profissionais cubanos.
Quatro deles foram substituídos no primeiro edital ainda em dezembro. A quinta vaga foi preenchida em 3 de abril. Em nenhum momento, houve diminuição do atendimento pois a prefeitura realocou um profissional para a vaga até que a situação fosse normalizada.
Guarujá – A Secretaria de Saúde informou que, atualmente possui um total de 46 médicos dentro do Programa “Mais Médicos”. Destes, 34 estão nas unidades de saúde da família (Usafas) e 12 nas Unidades Básicas (UBS).
Dos 29 médicos cubanos que deixaram Guarujá, chegamos a repor as 29 vagas, mas três já deixaram o programa, totalizando 26 no momento. Além disso, a Secretaria enfatiza de que esta é uma preocupação nacional e que vem discutindo junto a Diretoria Regional de Saúde, Governo Federal e demais órgãos competentes, como suprir esta necessidade, e assim evitar novos prejuízos na assistência prestada à população.
Praia Grande – A assessoria de imprensa esclareceu que tem 34 médicos atuando no Programa Mais Médicos. Desses, 18 eram cubanos, mas já foram substituídos, então continuamos com o mesmo número.
Mongaguá – A Prefeitura informou que o quadro de profissionais ligados ao programa Mais Médicos está devidamente completo. Seis médicos atuam no município, atendendo os pacientes nas Unidades de Saúde da Família – USFs Vila Operária, Jardim Praia Grande, Jussara, Itaguaí, Jardim Primavera e Agenor de Campos.
Bertioga – A Administração municipal disse que, até novembro de 2018, possuía três profissionais no Programa Mais Médicos, sendo dois brasileiros e uma cubana. A médica Cubana retornou ao país de origem e foi substituída por uma brasileira que está atendendo desde 14 de dezembro de 2018.
As prefeituras de Peruíbe e Mongaguá não enviaram as suas, respectivas, informações até o fechamento desta matéria.