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Região / Saúde

Morador de Guarujá entra com representação contra falta de vagas na UTI

Anderson dos Santos Bernardes, 39 anos, empreendedor e servidor público da Guarda Civil Municipal, resolveu tomar uma atitude devido a falta de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de Guarujá.

Anderson dos Santos Bernardes, empreendedor e servidor público da Guarda Civil Municipal.

O funcionário público protocolou, diante do Ministério Público do Estado de São Paulo, uma representação para que aja maior agilidade na questão de vagas para internações no Hospital Santo Amaro. “É impressionante a quantidade elevada de pessoas que passam por problemas de falta de leitos. Não é correto, familiares de pacientes ter que ficar correndo atrás de candidatos ou políticos para conseguirem internações ou atendimentos na saúde”, pontou.

De acordo com Anderson, o objetivo da ação é tentar acelerar a solução para esse problema que não é de hoje, mas que tem aumentado ao longo dos anos.

Um levantamento feito, em 2018, pelo jornal científico “The Lancet” apontou que no Brasil, 153 mil mortes por ano sejam causadas pelo atendimento de má qualidade e 51 mil por falta de acesso a atendimento de saúde.

“Muitas pessoas estão presas às redes sociais e às conversas de esquinas sendo que temos uma vasto campo, inclusive, jurídico para exercer a nossa cidadania fazendo algo concreto para que o Poder Público dê uma resposta administrativa”, pontou Anderson.

Além disso, Anderson explicou que instauração da representação vai impossibilitar que os órgãos responsáveis apenas enviem notas de esclarecimentos, que não agilizam na prática a vida da população. “Se há um mecanismo jurídico, devemos sim utilizar dessa ferramenta ao nosso benefício. Estou muito tranquilho, pois, só estou exercendo a minha condição de um mero cidadão”.

O servidor comentou que, após ter publicado um vídeo sobre esse tema nas redes sociais, recebeu muitas mensagens de apoio dos munícipes. “Recebi muitos elogios, mas também houve diversos testemunhos de famílias que ainda estão sofrendo com essa triste realidade. Muitos veículos de comunicação entrou em contato comigo para entender melhor a ação e dar uma maior visibilidade. Não espero ajuda de ninguém ligado ao sistema”, disse.

A reportagem do portal MAIS SANTOS entrou em contato com a Prefeitura do Guarujá o a Ministério Público do Estado de São Paulo e ambos os órgãos não responderam até o fechamento dessa matéria.