Conhecidos como ‘ratos que voam’, os pombos podem trazer doenças e prejuÃzos à saúde dos seres humanos. Para reduzir os impactos causados por essas aves, é necessário diminuir ao máximo as condições que favorecem a sua proliferação.Â
Para sobreviver e se reproduzir, os pombos necessitam de quatro coisas: água, alimento, acesso e abrigo. Embora o primeiro elemento não seja possÃvel evitar, os demais são. Não oferecer alimentos a qualquer tipo de ave e não jogar restos orgânicos sem o acondicionamento devido já ajuda a afastar os pombos, que costumam se concentrar em regiões onde a oferta de alimento é maior.Â
Não havendo comida, a ave tem a sua capacidade de reprodução diminuÃda e migra para outra região, em busca de melhores condições de sobrevida.Â
O acesso a um local que sirva como abrigo também favorece a proliferação do pombo, em especial durante o perÃodo reprodutivo e de incubação dos ovos, que dura apenas 19 dias. Â
Os lugares preferidos dos pombos para fazer seus ninhos são telhados, forros, caixas de ar-condicionado e marquises. Para afastar os pombos desses locais, são necessárias algumas adaptações que trazem bons resultados: retirar ninhos e ovos; vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros; telar varandas, janelas e caixas de ar-condicionado; instalar trilho elétrico, passarinheiro ou cabo de aço tensionado no telhado para que não pousem.Â
Vale lembrar que os pombos são animais protegidos por lei e não podem sofrer maus-tratos.Â
 Â
Cuidados com as fezesÂ
As doenças mais comuns transmitidas pelos pombos aos seres humanos são provenientes de suas fezes. É o caso da salmonelose, histoplasmose e criptococose.Â
A salmonelose, provocada pela bactéria Salmonela spp, acomete a pessoa que ingeriu alimentos com resquÃcios de fezes de pombo contaminadas. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, falta de apetite, cólicas, diarreia com ou sem sangue.Â
A histoplasmose, causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, atinge o ser humano após a aspiração do fungo presente nas fezes do pombo. A doença ataca o sistema respiratório e não costuma causar sintomas em sua forma aguda. Já na forma crônica, que geralmente acomete pessoas com o sistema imunológico comprometido, provoca tosse seca, febre, dor no peito e nas juntas e inchaço nas pernas. Em casos mais severos, dá sudorese excessiva, falta de ar e tosse com sangue.Â
Já a criptococose, causada por fungos do gênero Cryptococcus, pode levar à morte dependendo do tipo de fungo que acomete a pessoa após inalação. Frequentemente, a doença atinge o sistema neurológico, causando meningite subaguda ou crônica, cujos sintomas são febre, fraqueza, dor no peito, rigidez na nuca, dor de cabeça, náusea, vômito, suor noturno, confusão mental, alterações de visão, podendo haver comprometimento ocular, pulmonar e ósseo.Â
Além disso, o veterinário, Laerte Carvalho, faz um alerta: é necessário atenção ao limpar as fezes dos pombos. “Os fungos nelas presentes não podem entrar em contato com as vias aéreas dos seres humanos. Para evitar o contágio, basta lavar o local com água clorada; jamais varrer ou usar pano seco. Pode-se ainda proteger o nariz com algum pano ou lenço“, ensina.Â