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1.0 - SANTOS

Defesa Civil sinaliza moradias interditadas em áreas de risco

Os morros continuam em estado de alerta para deslizamentos e a Defesa Civil está retornando às moradias consideradas sob risco para sinalizar os imóveis interditados com marcação em spray e adesivo. Enquanto isso, a Prefeitura se prepara para iniciar ainda nesta semana a reconstrução e recuperação das regiões afetadas. O pagamento do auxílio-moradia, partilhado entre Estado e Município, deve começar até o fim do mês.

Desde a noite da última segunda-feira (2) e madrugada de terça (3), a Defesa Civil registrou 250 ocorrências, sendo que muitas ainda estão sendo atendidas.

“A Defesa Civil já está realizando esse trabalho de retornar às moradias interditadas, mas, independente disso, peço a todos que não voltem para suas casas. Está sol, o tempo melhorou, mas elas não devem retornar”, frisou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que nesta segunda-feira (9) esteve na escola Terezinha Calçada Bastos, no Morro São Bento, unidade que abriga famílias provisoriamente.

Geólogos, técnicos da Defesa Civil, da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi) e da Cohab visitaram moradias já interditadas, fazendo marcação com spray, em forma de X. Atualmente, cerca de 250 casas estão indicadas para remoção. “E nesta tarde começaremos a adesivá-las para mostrar que foram desocupadas e estão oficialmente interditadas”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Daniel Onias.

Ele frisou que, mesmo após o tempo melhorar, as encostas dos morros estão sujeitas a novos deslizamentos, já que a drenagem nestes locais ainda está comprometida. “É muito importante que as pessoas continuem atentas aos sinais de alerta, como água barrenta, trincas e rachaduras no solo e postes e árvores inclinados”.

Onias afirmou que todas as áreas dos morros são preocupantes e foram afetadas com mais ou menos ocorrências. “Há ocorrências de grande magnitude até mesmo no Monte Cabrão e Mantiqueira, na Área Continental”. Ele também falou sobre uma área no Ilhéu Baixo, na Zona Noroeste, onde uma pedra preocupa moradores da Rua Francisco Lopes Rúbio. “A orientação é para que as pessoas deixem aquelas casas”.

Auxílio-moradia

Atualmente, 275 famílias desabrigadas estão cadastradas para o recebimento do benefício, que será de R$ 600 (valor que será dividido entre Município e Estado). Uma quantia complementar de R$ 1.000 também será paga para que essas famílias possam suprir necessidades básicas imediatas.

“Todas as pessoas que preencherem os requisitos receberão o auxílio-moradia. Se surgirem novas famílias no cadastro, também serão contempladas. Estamos em contato com o Governo do Estado e a expectativa é de que até o final do mês tudo esteja resolvido. Enquanto isso, a Prefeitura vai prover toda a infraestrutura a essas famílias, com alimentação e acomodação”.

Um dos abrigos provisórios para vítimas das chuvas, a escola Teresinha Calçada Bastos conta atualmente com 19 famílias, sendo 54 pessoas. Em visita à escola, o prefeito Paulo Alexandre conversou com vítimas do temporal, explicando que a liberação do dinheiro é prioridade. “Também estamos negociando com o Governo do Estado a reconstrução dos espaços e obras de habitação. É nossa prioridade absoluta”.

Foto: Divulgação