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1.0 - SANTOS

Rotary Club de Santos traz Jayme Garfinkel e debate ressocialização de ex-presidiários

Por Bárbara Farias

A reintegração de ex-presidiários à sociedade foi o tema da palestra realizada durante a reunião de almoço semanal do Rotary Club de Santos na quarta-feira (23). A palestra foi ministrada pelo empresário da Porto Seguro, Jayme Brasil Garfinkel, que é presidente do Conselho do Instituto Ação pela Paz. A reunião foi realizada no Bourbon Santos Convention Hotel.

“A pessoa que sai para a liberdade, o egresso, se ele não tiver algum apoio da sociedade, da família, ele vai voltar para o crime. Então, a ideia é como fazer para que aqueles que tenham disposição de se recuperar, de voltar à vida normal. A gente tem que desconhecer esses erros e dar uma oportunidade. Com isso, a gente reduz a violência, o nível de reincidência é muito alto, então se a gente reduzir o número de reincidências, estaremos reduzindo os crimes, com certeza”, afirmou o empresário da Porto Seguro e presidente do Conselho do Instituto Ação pela Paz, Jayme Brasil Garfinkel. O instituto foi criado por Jayme há quatro anos com o objetivo de oferecer capacitação e busca à vagas de emprego para a pessoas que cumpriram pena e precisam ser reintegradas à sociedade.

Sobre o tema escolhido para ser debatido na reunião desta semana, a presidente da gestão conectada 2019-2020 do Rotary Club de Santos, Carolina Fátima Nova Bulhões, afirmou que o clube, como uma organização internacional, tem a preocupação de trazer à discussão temas que possam ajudar a comunidade em geral. “Eu fico muito feliz em trazer o senhor Jayme e saber que existe um plano de ação para que isso tudo seja extirpado (a criminalidade)”, afirmou Carolina.

O diretor regional da Universidade Paulista (Unip), Edison Monteiro, que também é primeiro secretário do Rotary Clube de Santos, acenou com a possibilidade firmar uma parceria com o Instituto Ação pela Paz. “Eu estava conversando com a Solange, que é diretora do fundo que foi criado pelo Jayme e a Porto Seguro, e ela estava de pedindo e me demandando a possibilidade de fazer um trabalho em parceria da fundação com a universidade e poder prestar esse tipo de serviço, que eu acho bastante pertinente, aonde a nossa clínica que hoje já atendimento à comunidade, também poderá ser extensiva às situações como essas demandadas”, comentou Monteiro.

O diretor da Engeplus Construtora Roberto Barroso Filho, que também é membro do Rotary Club de Santos, considera importante a ressocialização de ex-presidiários à sociedade e disse que empregaria pessoas que já cumpriram pena em sua empresa. “A ressocialização do preso é fundamental para que ele possa conviver com a sociedade, trabalhar. Eu tenho uma empresa, hoje estou com mais de 100 funcionários, já cheguei a ter 350, 400, eu não teria o menor receio de contratar um ex-presidiário ou um presidiário que esteja nessa possibilidade de trabalhar fora na minha empresa. Eu acho importante um empresário bem sucedido se preocupar com a ressocialização do preso, com a reintegração do preso à sociedade”, afirmou Barroso.

A juíza de Direito da Vara de Execuções Criminais de São Vicente, Luciana Viveiros Seabra, afirma que a reinserção de presos à sociedade deve ser gradativa. “É extremamente importante que os presos sejam reinseridos gradativamente à sociedade. Por isso, é importante a progressão de regime. Primeiro o regime semi-aberto, posteriormente o regime aberto para que não haja um impacto tão grande de eles saírem diretamente do regime fechado para a rua, porque há muitas mudanças às quais eles precisam readaptarem-se. Realmente é essencial essa mudança gradativa à sociedade pelo sentenciado”, explicou a juíza.

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