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Santos / Esporte

Pais de Ana Marcela Cunha dormem pouco e festejam muito ouro da filha nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Da Redação

A conquista do ouro de Ana Marcela Cunha, da Unisanta, na prova de 10 km da maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Tóquio não deixou os pais da nadadora multicampeã dormirem. Ana Patrícia e George não puderam ir ao Japão em razão da pandemia – tinham viagem e hotel reservados – e acompanharam no Brasil com o coração apertado, mas felizes pela filha no lugar mais alto do pódio.

“Essa é a parte que a gente não tinha planejado. Impressionante o número de mensagens, informações e ligações. Eram 3 horas quando a gente conseguiu ver o vídeo da Unisanta com o acompanhamento da prova. E foi mais uma hora sem conseguir dormir. Foi impressionante. Deu para cochilar um pouquinho só hoje pela manhã vendo TV, tentando responder a todos e tentando falar com Ana Marcela. Falamos rapidinho e por mensagem”, contou George, em entrevista coletiva na Unisanta. “Quero encontrar e abraçar, mas dormir não. O corpo treme, o coração dispara, a mente começa a funcionar imaginando a chegada. Não tem como dormir. Deixa a gente curtir esse momento. Ainda bem que tem as redes sociais para falarmos com ela”, emenda Ana Patrícia, também presente.

Porém, uma surpresa: a nadadora entrou ao vivo no telão do local da entrevista falando com os pais e deixando sua mensagem. “Vocês sabem o quanto tudo foi difícil, desde sair de Salvador. Em nenhum momento deixei de sonhar. Serei eternamente grata a tudo o que vocês (pais, Unisanta e Marcelo Teixeira) fizeram. Que essa medalha seja sempre um símbolo de vitórias. Valeu muito a pena ir atrás do meu sonho. Não desistam do de vocês. A ficha da medalha ainda está caindo um pouco. Logo mais estou chegando aí para fazer uma festa”, afirma.

Para os próximos dias, a Universidade prepara uma recepção para homenageá-la. Ainda mais para uma conquista tão pesada quanto o ouro olímpico.

“A medalha sempre tem um peso, ainda mais a de ouro, mas o caminho que a Ana Marcela fez tornou isso mais leve. Aos poucos foi aprendendo, evoluindo. Tinha muita certeza que ela ia fazer o melhor e que buscaria o ouro. Era o Plano A. O Plano B era prata e o C, o bronze. Era muita expectativa, mas consciente de que foi todo um trabalho muito bem executado. Não tinha como errar”, comenta George. “Como ela disse, vamos para Paris 2024 (sede e ano da próxima Olímpiada)”, completa Ana Patrícia.

Foto: Divulgação/Unisanta