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Santos / Saúde

Estresse

A condição de estresse parece ser obrigatória no mundo de hoje. Caso contrário, a pessoa pode passar por preguiçoso. O mundo moderno parece combinar apenas com esse estado mental que é danoso para o corpo humano, quando fora de controle e presente de forma contínua na vida social.

O estresse é um processo fisiológico de adaptação. Respostas orgânicas são disparadas sempre que o corpo é submetido a qualquer fator diferenciado. O estresse é um mecanismo de defesa, por exemplo, ao medo. Sob estresse, o corpo gera mais força devido maior fornecimento de energia e melhor distribuição de sangue e oxigênio. Aumenta a percepção sensorial, ampliando a capacidade de processamento cerebral. O estresse é o preparo do corpo para as últimas consequências e é chamado de sistema de luta ou fuga.

Essa estrutura orgânica está presente em nosso organismo desde quando vivíamos em situações que exigiam intensa adaptação física ao ambiente e nos garantia a sobrevivência. A humanidade evoluiu e, culturalmente, os fatores de estresse mudaram. Nos dias de hoje são as relações pessoais mal resolvidas ou os problemas sociais, políticos e financeiros do nosso país. É o medo do desemprego, da violência urbana e a necessidade de consumo não saciada.

Diferentemente de antes, após a condição de estresse, o corpo relaxava devido ao cansaço da atividade física exigida no cotidiano. Atualmente, os fatores estressores são contínuos e faz com que o corpo, sob constante estímulo, saia da condição do estresse fisiológico, natural, para uma condição patológica.

As mudanças orgânicas de adaptação aos fatores estressores, em condição de continuidade, provocam danos cardiovasculares, estado de alerta que compromete a qualidade do sono, ou altera os processos digestórios. A condição de estresse passa a provocar doenças. Quanto mais intenso for o estado de estresse, maior gravidade no comprometimento orgânico. Podendo causar dores generalizadas pelo corpo, doenças infecciosas recorrentes, diabetes, etc.

Daí a necessidade de introduzirmos uma atividade relaxante em nossa vida, diariamente. A atividade física é comprovadamente a melhor, mas pode ser qualquer outra coisa que desligue o estado de alerta. Trabalhos manuais, leitura, vida social, dança. Todas as pessoas precisam desse tempo de ócio rejuvenescedor. Deve ser simples e prazerosa para ser feita sem maiores recursos. Tem de ser sistemática, mas sem se tornar em obrigação, em mais um fator de estresse.

O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br.

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