Por Silvia Barreto
Há exatos 10 dias brindamos a chegada de um novo ano. Esperanças renovadas e o pensamento de que passamos por um ano difÃcil, mas com perspectivas para 2021. O pedido pela chegada da vacina foi considerado o objeto de desejo mais cobiçado e, nas redes sociais, a #vacinajá ficou entre os mais utilizados para marcar fotos de um réveillon bastante diferente daqueles aos quais estávamos acostumados.
Em Santos, a mudança de comportamento era vista nas praias. De forma histórica não houve o registro de mais de um milhão de turistas e moradores à espera da contagem regressiva e a calmaria tomou conta das ruas. Mesmo tendo virado o calendário, ainda carregamos a necessidade das pessoas se conscientizarem de que é necessário manter os protocolos de saúde, pois os números de casos confirmados da Covid-19 não param de subir, sem contar o triste crescimento dos óbitos.
“Oano de 2021 será de transição longa e dolorosa em que vamos precisar ser mais resilientes, ainda mais com essa nova variante viral. Precisamos obedecer os protocolos de distanciamento, uso de máscara, higiene, porque embora a vacina esteja aÃ, ela ainda não é uma realidade. E mesmo quando chegar precisamos vacinar muita gente e vai demorar para que isso cause um impacto na velocidade de imunização viral. Acredito que 2021 ainda não será um ano fácil, não será um ano normal e as pessoas vão precisar ter muita resiliênciaâ€.
A análise é do médico infectologista Evaldo Stanislau, referência no assunto em todo o PaÃs. Assistente doutor da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das ClÃnicas da Faculdade de Medicina da USP; diretor da Sociedade Paulista de Infectologia e professor na Faculdade de Medicina da Universidade São Judas Tadeu, Stanislau enfatiza que a pandemia é o único assunto que importa neste momento, já que seus reflexos podem e são sentidos em diversos setores do PaÃs, como a economia, meio ambiente e, claro, com o ser humano.
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