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Região / Saúde

Com a Ômicron no radar, dúvidas sobre volta das celebrações entram em cena

Por Anderson Firmino

Da Mais Santos Online

A décima quinta letra do alfabeto grego colocou o mundo em ebulição nas últimas semanas. Trouxe de volta a sensação de incerteza quanto ao mal do século 20: a Covid-19. Ômicron, a nova variante que, segundo a OMS, até a última quarta-feira, havia sido notificada em 57 países, transformou a certeza (ou seria esperança?) de tempos de retomada em uma nova cepa de dúvidas.

“A variante não está avançando no Brasil e nos outros países vizinhos, ela está presente no mundo inteiro. Em relação à letalidade, à capacidade de causar uma doença grave e levar o paciente até a morte, isso ainda está sendo pesquisado, não tem tempo ainda para o retorno dos dados coletados. Sabe-se que in vitro, ou seja, em laboratório, ela tem maior transmissibilidade, é transmitida com mais facilidade, mas não causa doença com certa gravidade mais do que podemos esperarâ€, explica Márcio Aurélio Soares, médico especialista em saúde pública.

Para ele, o nível de cobertura vacinal que nós temos hoje contra a Covid-19 não dá tranquilidade, muito pelo contrário: sequer chegamos a 65%. â€A gente sabe que, para ter certa tranquilidade, precisamos atingir uma margem de 90% da população imunizada. Mas, não é só no Brasil, não. Não adianta nós vacinarmos, aqui, 100% da população e no Paraguai, na Bolívia, ter 30%, e na Nigéria ter 1,7%. Nós não estamos isolados do mundo. A pessoa pega um avião e entre 5 e 10 horas está em outro lugarâ€, reforça o médico.

O conjunto de situações têm resultado em diversos cancelamentos de festas e eventos País afora. O Réveillon de Copacabana, que chegou a ser cancelado, foi confirmado pela Prefeitura carioca. Já em São Paulo, a festa na Avenida Paulista não acontecerá. Mesmo os festejos de Carnaval, no final de fevereiro, correm o risco de não ocorrer. No entanto, o otimismo é bem grande para o setor de hotelaria, bares e restaurantes, especialmente num momento de recuperação.

“O Réveillon e o Carnaval são duas datas, talvez as mais fortes, do calendário do ano inteiro no quesito economia para a nossa região. O fato de ter ou não Réveillon na praia, com fogos, não afeta. As pessoas vêm passar as festas com suas famílias e seus amigos na praia e ficar durante aquela semana em que São Paulo para. Nós esperamos um dos melhores verões dos últimos 10 anosâ€, prevê o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (SinHoRes), Heitor Gonzalez.

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