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Santos / Polícia

Polícia Civil aprova estado de greve na região

Por Alexandre Piqui

Em assembleia na noite desta quarta-feira (06), na sede do sindicato da categoria em Santos, os policiais civis aprovaram estado de greve nas delegacias da Baixada Santista. Eles não concordam com o reajuste de cinco por cento anunciado pelo governador João Doria, no dia 30 de outubro.

Por enquanto os trabalhos não são afetados, mas com a decisão dos agentes de segurança, o sindicato entra com uma ação de dissidio e fica no aguardo de uma decisão da justiça. Em data a ser definida, eles irão trabalhar na chamada ‘Operação Padrão’ em dias alternados, realizarão protestos e possivelmente, por fim, a greve.

A proposta de paralisação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Santos e Região (Sinpolsan), Marcio Pino. Segundo a direção sindical, a reunião já havia sido marcada antes mesmo do anúncio feito pelo governo paulista. “O objetivo era discutir os desdobramentos da declaração do líder tucano que, novamente, virou as costas para os trabalhadores”, diz a nota oficial do sindicato.

“Os 5% sequer chegam perto de cobrir as necessidades dos membros da categoria. Chega de termos a nossa realidade ignorada. Há anos reivindicamos melhores condições de trabalho, estrutura adequada, reposição do efetivo e jornadas justas. O que ganhamos? Nada! Pelo contrário, apenas seguimos perdendo direitos”, destacou Pino, que na segunda-feira participou da manifestação das entidades de classe em frente à Secretaria de Segurança Pública, na capital paulista.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública “entende que a manifestação é um direito da categoria, assim como é direito constitucional de todos os cidadãos o acesso irrestrito aos serviços essenciais, como os de polícia judiciária. Na última sexta-feira (1), o governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê o primeiro reajuste salarial desta administração a todos os policiais do Estado, além de um conjunto de medidas de valorização à categoria que terá um impacto de R$ 1,5 bilhão no orçamento estadual“.