Por João Freitas
Estive no cabeleireiro e contratei o serviço de química para mudar a cor do meu cabelo para loiro. Após o serviço, percebi que fiquei com o cabelo laranja, além de cobrarem uma “fortuna”, tive que pagar uma escova que não pedi.
Estou revoltada! Posso pedir o dinheiro de volta?
Prezada internauta.
Sempre é bom colher referências do salão de beleza, analisando se os produtos que utiliza são de boa qualidade, além de conversar com o profissional sobre sua expectatva para evitar surpresas não tão agradáveis, como no seu caso.
Outra situação é a cobrança por serviços feitos pelo profissional que não foram solicitados inicialmente por você e, na hora de pagar a conta, o valor é bem maior daquele esperado. Neste caso, você deveria ser previamente informada acerca do serviço que será realizado de forma clara e precisa, inclusive o preço.
Sendo assim, o consumidor SEMPRE deve ser informado se o salão de beleza tiver a prática de individualizar preços de lavagem, tintura, corte e secagem dos cabelos. Se o salão omitir a informação, você poderá se recusar a pagar pelos serviços cujo valor não foi comunicado inicialmente a você.
Para você poder “correr atrás” dos seus direitos, é importante sempre solicitar o recibo de cada serviço prestado pelo cabeleireiro, além de fotografias, cupons fiscais e testemunhas. Estes documentos serão necessários para requerer uma indenização por danos materiais e morais pelo ocorrido. Cumpre aqui informar que, apesar de você estar amparada pelo Código de Defesa do Consumidor, onde consta que quem deve provar que não causou danos à você é, na verdade, o cabelereiro (inversão do ônus da prova), esses documentos colaboram para o seu sucesso na ação.
Um acordo sempre é interessante antes de entrar com uma ação judicial, sendo assim, tente conversar com o profissional que causou o problema para que possa reembolsar o seu prejuízo de forma amigável e rápida.
Boa sorte!
João Freitas escreve aos sábados para a Mais Santos.
Contato: joaocarlos@freitaselopes.com.br
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Advogado formado desde 1991 e sócio fundador da Freitas e Lopes Advogados Associados. É pós-graduado em Direito Processual Civil pela Universidade Católica de Santos e especialista em Direito Empresarial pela Escola Superior de Advocacia. Atuou como conciliador no Juizado Especial de São Vicente e São Paulo e como Professor de Direito Processual Civil em diversos cursos preparatórios para Concurso Público e Colunista Jurídico de vários veículos de comunicação.