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Ãsia

O dia em Tóquio: tristeza no judô, alegria no futebol masculino e no tênis feminino

Da Redação e da Agência Brasil

No sexto dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o judô feminino, o futebol masculino e o tênis feminino foram alguns dos destaques.

Vôlei masculino

A seleção brasileira de vôlei masculino perdeu nesta quarta-feira (28) para a Rússia por 3 sets a 0 (25/22, 25/20 e 25/20).

Apesar da derrota, a disputa pelo ouro continua. Foi apenas o terceiro jogo da fase de grupos. A próxima partida será diante dos Estados Unidos na quinta-feira, às 23h15 (de Brasília).

Futebol masculino

Rumo ao bicampeonato, a seleção olímpica brasileira se classificou às quartas de final nos Jogos de Tóquio (Japão) em primeiro lugar no Grupo D. A liderança foi definida após o Brasil vencer a Arábia Saudita por 3 a 1 no estádio de Saitama, na cidade japonesa de mesmo nome.

Invicto, com sete pontos, os brasileiros enfrentam o Egito, segundo colocado do Grupo C. O jogo está marcado para sábado (31), às 7 horas (de Brasília), também em Saitama.

Tênis

A dupla brasileira de tênis feminino formada por Laura Pigossi e Luisa Stefani se classificou nesta quarta-feira para as semifinais dos Jogos de Tóquio ao derrotar de virada as norte-americanas Jessica Pegula e Bethanie Mattek-Sands por 2 sets a 1, em 1h26min de partida.

Com o resultado, a dupla já iguala o melhor resultado do tênis brasileiro na história dos Jogos Olímpicos, que foi a semifinal de Fernando Meligeni em Atlanta 1996.

“Jogamos com alma e coração. Desde o começo estamos falando que queremos trazer a medalha para o Brasil. E não é qualquer medalha, queremos a de ouro. Viemos com uma missão, não importa com quem a gente jogue”, afirmou Laura, de acordo com nota do Time Brasil. “Antes de vir para cá, falamos que tínhamos que entrar com autoridade, e não tinha nenhuma adversária que falássemos que não dava para ganhar. O principal é continuar com essa energia e acreditando que vamos conseguir levar essa medalha para casa.”

A dupla brasileira não começou bem o jogo e perdeu o primeiro set em 24 minutos. Mas depois veio a reação e, desde o início da segunda parcial, sempre se manteve na dianteira do placar e fechou o jogo no tiebreak.

“O tênis é assim, temos momentos altos e baixos durante o jogo. Elas estavam jogando muito firme, devolvendo bem, colocando pressão, e nós não estávamos nos encontrando. Isso acontece. Sabia que uma hora teríamos condições de entrar no jogo, e foi o que aconteceu no segundo set”, declarou Luisa.

Ginástica artística

O fluminense Caio Souza terminou na 17ª posição na final do individual geral masculino de ginástica artística. A competição foi realizada nesta quarta-feira (28) no Centro de Ginástica de Ariake, no distrito de Ariake, na capital Tóquio. Já o paulista Diogo Soares foi o 20° colocado. Estiveram na disputa 24 competidores que saltaram em busca de medalha na decisão.

Diogo, de 19 anos, caçula da ginástica artística, somou um total de 81.198 pontos, enquanto Caio finalizou sua participação com 81.532 pontos na tabela de classificação.

Quem levou a medalha de ouro foi o japonês Daiki Hashimoto, com 88.465 pontos, já o chinês Ruoteng Chiao somou 88.065 pontos e levou a prata. Já Nikita Nagornyy, do Comitê Olímpico Russo (ROC), colocou a medalha de bronze no peito após fazer 88.031 pontos.

Tênis de mesa

O brasileiro Hugo Calderano foi eliminado na chave de simples do tênis de mesa masculino. Ele foi derrotado pelo alemão Dimitrij Ovtcharov por 4 a 2 (7/11, 5/11, 11/8, 11/7, 11/8 e 11/2). Cabeça de chave número 4 da competição, o brasileiro chegou a abrir 2 a 0 e 8/4 no terceiro set, mas acabou levando a virada.

Ao chegar às quartas de finais, Calderano já tinha superado o melhor desempenho da história do País na modalidade. Até então, as oitavas do próprio Hugo nos Jogos do Rio 2016 e de Hugo Hoyama em Atlanta 1996 eram os principais resultados.

Natação

O nadador Leonardo de Deus, da Unisanta, terminou na sexta colocação na prova dos 200 metros borboleta, que foi vencida pelo húngaro Kristof Milak.

Já no revezamento 4×200 metros livre masculino, a equipe brasileira, formada por Fernando Scheffer, Murilo Sartori, Breno Correia e Luiz Altamir, chegou a estar en segundo lugar, virou em sexto em três parciais, mas terminou na oitava posição.

Judô

No judô, Maria Portela foi eliminada nas oitavas de final da categoria até 70 kg da Olimpíada de Tóquio (Japão) em uma luta histórica, e polêmica, no Budokan. O combate desta quarta-feira (28), entre a gaúcha e Madina Taimazova, do Comitê Olímpico da Rússia, durou mais de 14 minutos, dez só de golden score (tempo extra no qual vence o atleta que pontuar primeiro). A vitória da russa foi decretada após a brasileira receber um terceiro shido (punição) por falta de combatividade.

A estreia de Portela foi contra a afegã Nigara Shaheen, número 186 do ranking da Federação Internacional de Judô (IJF). A brasileira, décima do mundo, precisou de 28 segundos para derrubar a rival, que defende a seleção de refugiados, de costas no tatame e vencê-la por ippon (pontuação máxima).

No duelo contra Taimazova, 14ª do ranking mundial, Portela teve dificuldades para alcançar a parte de cima do quimono da adversária, que, por sua vez, não conseguia agarrar a manga da brasileira. No meio do golden score, a gaúcha de 33 anos derrubou a russa com parte das costas no tatame, que configuraria um wazari. O lance foi analisado pela arbitragem de vídeo, que não computou a pontuação.

Após quase 15 minutos de luta, com as duas atletas visivelmente desgastadas e dois shidos para cada uma, o juiz entendeu que Portela estaria fugindo do combate e deu uma terceira, e decisiva, punição à brasileira, que não conteve as lágrimas ainda no tatame. Pelo Twitter, ex-judocas como o medalhista olímpico Flávio Canto e o campeão mundial Luciano Correa reclamaram da arbitragem após o combate, que foi o mais longo da Olimpíada de Tóquio.

“As duas estavam cansadas ali e seria um detalhe. Como a luta estava muito longa, ela teve um pouco mais de iniciativa no final e eu acabei tomando a punição. Eu estava percebendo que ela estava um pouco mais desgastada, mas estava colocando golpe na minha frente, mesmo sem efetividade. Quase joguei ela duas vezes, mas não foi suficiente. Em Olimpíada não tem adversária fracaâ€, afirmou Portela, ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

“Se a gente não define, ele [árbitro] tem que definir. E quem tiver um pouco mais de iniciativa vai levar. Não foi culpa dele. Eu tinha que ter sido mais agressiva, imposto mais o ritmo, por mais que não fosse efetiva, que foi o que ela fez e acabou levandoâ€, completou a gaúcha, que disputa a terceira Olimpíada da carreira.

Na categoria até 90 kg, Rafael Macedo foi derrotado na estreia pelo cazaque Islam Bozbayev. A luta durou 30 segundos e foi definida em um ippon do asiático, que pegou a manga do quimono do brasileiro para derrubá-lo de costas no solo. Foi a primeira participação olímpica do paulista de 26 anos.

Tanto Rafael como Portela voltam ao tatame do Budokan neste sábado (31) para a disputa por equipes, novidade na edição deste ano dos Jogos.

Foto: Wander Roberto/Divulgação COB