Por Anderson Firmino
Desde o inÃcio da pandemia do novo coronavÃrus, cinema virou sinônimo de salas fechadas. Na melhor das hipóteses, canais da TV a cabo ou aplicativos de streaming passaram a atender os fãs da Sétima Arte. Com o Estado de São Paulo quase todo na Fase 3- Amarela, do Plano SP de Retomada Econômica, os donos das salas começam a contar os dias para a reabertura. Em cartaz, vem aà o “novo normalâ€.
Presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas no Estado de São Paulo, Paulo Lui garante que o setor está pronto para reiniciar suas atividades. Segundo ele, os protocolos serão bem rÃgidos.
“Comum a todos será o distanciamento em filas para compra de ingressos e produtos de bomboniere, dispensers de alcool em gel em lugares estratégicos, EPI’s para funcionários, uso de máscara, maior intervalo entre sessões para higienização mais acurada, taxa de ocupação entre 40 e 50% neste primeiros momento, com venda de lugares numerados, que garantem o distanciamento dentro das plateiasâ€, avisa.
Por falar em distanciamento, Lui avisa que ele será seguido à risca. “Dentro de uma sala de cinema, é assegurado que o distanciamento será mantido, ao contrário de muitos outros lugares, onde esse controle é bastante complexo. Além do que o espectador fica duas horas olhando para uma só direção, sem conversar ou interagir com outras pessoasâ€.
PrejuÃzos x otimismo
Porta-voz do movimento “todospelocinemaâ€, Paulo Lui não fala em números para quentificar o prejuÃzo do setor com as salas fechadas. “Como entidade, não temos como estimar prejuÃzos, visto que faturamento, margens e resultados são particulares de cada empresa exibidoraâ€, justifica. Segundo ele, foram dezenas de filmes que deixaram de ser lançados. “Podemos estimar entre 120 e 140 tÃtulos, entre grandes lançamentos, filmes médios e aqueles mais de nichoâ€.
No entanto, ele não abre mão de uma visão mais otimista. “Os exibidores sempre trabalharam com cenários de otimização de custos e resultados, visto que nossa atividade é uma das mais reguladas no paÃs, além dos altos custos de insumos, impostos e outros. Até onde temos conhecimento, foram poucos cortes de pessoal, inclusive porque a atividade retornará em breve e o custo para demitir, e depois contratar, seria altoâ€, argumenta.
Novo espectador
Paulo Lui traça um perfil do frequentador das salas de cinema nos pós-pandemia, especialmente enquanto não há vacina contra a Covid-19.
“Nossas pesquisas apontam que os moviegoers (aqueles frequentadores assÃduos) voltarão assim que os cinemas forem autorizados a abrir. Demais frequentadores responderam que voltarão num intervalo entre três a seis semanas, desde que os protocolos estejam devidamente atendidos. Alguns órgãos de imprensa também divulgaram pesquisa onde os jovens apontam o cinema como primeira opção de diversão quando da reabertura. Cientes que os cinemas oferecem segurança e bem-estar, o público retornará à s salasâ€.