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Região / Educação

Servidores de Cubatão farão ato para relembrar ataque de 28 de março de 2017

Os professores de Cubatão farão nesta quinta-feira (28), a partir das 15 horas, um ato para relembrar o ataque que os servidores do município sofreram no dia 28 de março de 2017.

De acordo com o Berenildo Gonçalo de Melo, professor e vice presidente do Sindicato dos professores municipais de Cubatão (SindPMC), o evento também faz parte das manifestações que estão acontecendo durante esta semana, em relação à greve da categoria.

Os educadores protestam o corte de 30% dos salários, além deles exigirem o direito ao fundamental 2 à ampliação de jornada com desconto previdenciário, garantindo assim uma aposentadoria digna, além da efetivação do pagamento do piso salarial do magistério às professoras da educação infantil 1 e outras exigências.

A Prefeitura de Cubatão informou, por meio da assessoria de imprensa, que enviará, ainda nesta semana, um projeto de lei à Câmara “visando minimizar e/ou recompor os reflexos salariais, os quais foram retirados por força de decisão judicial”.

Dia 28 de março de 2017 – No começo do governo do prefeito Ademário foi enviado um projeto à Câmara para ser votado pelos vereadores, que alteravam algumas regras para o servidores públicos.

A propositura traziam várias mudanças, a que gerou maior polêmica na época foi a redução de 100% para 50% dos vencimentos de férias, além da questão dos dias e frequência em exercício.

Segundo Berenildo, essa proposta do prefeito ficou conhecido como ‘pacote da maldade’ entre os funcionários públicos. “Nós servidores resistimos as mudanças. Entretanto, para os vereadores conseguir votar, houve uma ação de repreensão por parte  da Polícia Militar, que atirou bombas, executaram tiros de bala de borrachas e gazes contra os trabalhadores”, relembrou.

Berenildo comentou que o cenário foi de filme de guerra. Ele relembrou que houve pessoas que ficaram feridas e pisoteadas, sem falar do impacto psicológico devido a ação violenta contra os manifestantes.

“Tudo isso para facilitar a entrada dos vereadores no plenário. Eles conseguiram entrar e a toque de caixa votarem favorável às alterações propostas pelo prefeito”, disse.

A mãe de um aluno da rede de ensino da Cidade, Monaly Ferreira Silva, comentou que participou deste ato e sofreu muito com a violência do dia.

“Foi um dia que dói relembrar. É triste ver os professores passar por toda esse situação. Eles que são tão importantes para os nossos filhos”, afirmou.

Em 2017, os professores também haviam cruzado os braços e essa greve foi a maior da história de Cubatão, segundo o professor. “Algumas coisas conseguimos reverter, mas gerou um grande desgaste na época”, afirmou.

O vice presidente da SindPMC falou sobre o sentimento da classe em ter que lutar por seus direitos, dois anos depois desse episódio de 2017.

“Nosso sentimento é de indignação! É muita falta de respeito que estamos passando. Esse é um governo que começou ruim e vai terminar pior ainda. Com certeza essa administração tem completo descrédito com a nossa categoria”, ressaltou.

Foto: Reprodução