Suspeito de assassinar Igor Peretto, Mário Vitorino esteve na sede da DIG de Praia Grande, na tarde desta quarta-feira (18), e não prestou depoimento. Segundo o advogado dele, Mário Badures, enquanto todas as provas não estiverem anexadas no inquérito, o seu cliente não responderá ao interrogatório policial.
“Ele não foi interrogado hoje por causa disso. O Mário Vitorino está inteiramente à disposição da autoridade policial e judicial para esclarecer todos os fatos. Ele pode dar o depoimento a qualquer momento desde que as provas estejam lá. Porém, existe esse vazamento de dados da investigação, que não está sendo feito pela polÃcia. Isso atrapalha completamente, tanto o exercÃcio da defesa técnica como da investigação por completoâ€, afirmou.
O advogado explica que tiveram acesso ao inquérito policial, mas existe uma série de questões circulando em órgãos extraoficiais com provas a saber: relatórios e laudos periciais. Segundo ele esses elementos de prova, que são internos de uma investigação que corre sob segredo de Justiça, não constam do inquérito policial. Informações extra autos não constam no inquérito. Não tem laudo necroscópico, não tem o apontamento de quantos ferimentos a vÃtima suportou, em qual local que foi.
Ele criticou o vazamento de informações que deveriam ser sigilosas. “Existe um relatório de investigação que foi vazado de um inquérito que corre em segredo de Justiça. A par disso, a defesa levou ao conhecimento do magistrado e peticionou isso nos autos. Já havia, inclusive, uma manifestação do Ministério Público nesse mesmo sentido de que a investigação deve correr em segredo de Justiçaâ€, acrescentou.
Em nota a Secretaria de Segurança Pública inofrmou que o indiciado foi transferido na tarde desta terça-feira (17). O caso segue em investigação pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). As diligências seguem em andamento e detalhes serão preservados em decorrência do sigilo nas investigações.