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1.0 - SANTOS

Envelhecer

Como já dito por alguém: nascer é envelhecer. O corpo humano, a partir de certa idade, modifica-se diariamente, perdendo vitalidade. Isso é tornar-se velho. Envelhecer é perceber e assumir para si esse processo. Assim, tornamo-nos velhos antes de perceber que envelhecemos. Tornar-se velho é um fato objetivo, enquanto envelhecer é uma condição subjetiva, de percepção e assunção.

Perceber o envelhecimento começa ao notar que alguns entes queridos ou próximos estão se tornando velhos, limitados física ou mentalmente. Em nossa cultura, a despeito do aumento do número de idosos, envelhecer é sinônimo de declínio, incapacidade, doença e outros termos e valores negativos associados.

Na realidade, há de se modificar o foco do envelhecer. Doença e dores, ainda que não obrigatórios, fazem parte dos anos de vida a mais. O que se deve buscar é a manutenção da funcionalidade social. É manter-se independente e autônomo nas atividades diárias, dentro das possibilidades.

Um fato associado ao envelhecer é a diminuição da dinapenia ou perda da força muscular inerente à redução da massa proteica que acarreta na perda de autonomia. Ser autônomo é fundamental para a qualidade de vida. Para manter a força muscular e autonomia é necessário manter-se ativo, a vida toda, sempre.

Além da atividade física, é importante manter-se ativo socialmente. Família e amigos são importantes redes de suporte para enfrentar o envelhecimento. Para alguns a religiosidade também o é. O tédio tem de ser evitado. São necessários estímulos contínuos, interesses e objetivos de curto, médio e longo prazo.

A morte se apresenta de forma mais forte no imaginário do idoso, mas esse pensamento não pode ser paralisante. Irá acontecer com a certeza da própria vida, mas tem de ser vista dentro do conceito da naturalidade e não como terminalidade da existência ou da velhice.

Além da questão pessoal, envelhecer também tem de ser discutido no coletivo. Questões como previdência social, espaços urbanos apropriados aos idosos, a proliferação das Instituições de Longa Permanência, nem todas com qualidade e decência necessárias para solucionar a perda de autonomia dos idosos. Cada um tem de trazer para a roda de conversa o envelhecimento próprio, dos familiares e da sociedade. É um problema emergente a ser resolvido por todos.

O  Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br