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Santos / Festas Populares

Garra e samba no pé no primeiro dia de desfiles do Carnaval Santista

(Crédito: Marcelo Martins / Prefeitura de Santos) 

Entre a noite desta sexta-feira (22) e madrugada de sábado nove agremiações dos grupos 1 e de acesso se apresentaram no primeiro dia de desfile da Passarela do Samba Dráuzio da Cruz. Ainda que a chuva tenha feito parte de alguns momentos da folia, ninguém perdeu o samba no pé e a garra em defender as suas escolas.

A simbólica entrega das chaves da Cidade à comunidade do samba deu  início à festa.
Autoridades, corte carnavalesca e demais personagens deste cenário homenagearam com títulos de Lord do samba, o jornalista Luiz Linna e o vereador Manoel Constantino.

As quatro escolas do Grupo Especial lutam na avenida pelo direito de disputar o Carnaval no Grupo Especial em 2020.

GRUPO 1

Dragões do Castelo

A primeira a desfilar foi a Dragões do Castelo com o enredo ‘Entre Sol e a Lua a Criação do Universo’.

A escola de samba, com seus 600 componentes narrou uma ficção astrológica e citou temas como a criação, os quatro elementos (fogo, ar, terra e água). Também trouxe trouxe importantes questões ambientais como poluição, destruição das matas e devastação do mar.

Unidos da Baixada

A agremiação homenageou o seu fundador , Carlos Alberto Leite Sequeira, conhecido como Cabeto, que se destacou nos campos de várzea do litoral, com ‘Bom de Bola, Bom de Samba, Sou Unidos de Verdade, Sou Cabeto, Sou Família e Também Comunidade’.

Imperatriz Alvinegra

A terceira agremiação a desfilar trouxe como tema  a ‘A Benção dos Orixás, Aláfia!’ – enredo que, dentre os destaques, fez menção a divindades que representam forças relacionadas à natureza.

O que chamou a atenção na avenida foi a concentração dos componentes – antes de soar a buzina que dá início ao desfile, alguns se abraçavam, e em sua maioria, se aqueciam com movimentos de dança. Em muitos momentos de sua apresentação, a escola foi bastante aplaudida.

Bandeirantes do Saboó 

‘Ecoa o Tambor!’ foi o tema defendido pela escola. Os 400 componentes contaram a trajetória de um povo que veio de além-mar, trazendo com ele o atabaque, instrumento de percussão que no Brasil virou sinônimo de ritmo, de festas populares e religiosas.

Império da Vila 

Encerrando as apresentações do Grupo 1, A Império da Vila contou a história do Brasil contada a partir das especiarias, temperos e condimentos. O destaque esteve na homenagem prestada ao Grupo Tempero, cujos integrantes santistas alcançaram notoriedade nacional até a conquista do disco de Ouro com o álbum ‘Vida de Amante’.

Dragões do Castelo foi a primeira escola do Grupo 1 a desfilar na Passarela do Samba 

(Crédito: Susan Hortas / Prefeitura de Santos) 

GRUPO DE ACESSO 

Unidos da Zona Noroeste 

Com 700 componentes, a escola mostrou samba no pé com o enredo  ‘Mulher, Seu Nome é Luta Pela Liberdade’, que apresenta as histórias de mulheres que marcaram época como a Rainha Ginga, de Angola; Tereza de Benguela, no Mato Grosso; Dandara, em Alagoas, e Luiza Mahin, na Bahia.

Duas novidades no desfile deste ano: as alas ‘plus size’ e de cadeirantes, com 22 integrantes cada.

Padre Paulo

Na sequência, a mistura de culturas e raças criadas no Brasil com a chegada dos negros africanos foi contada pela Padre Paulo, que trouxe a mensagem de um novo tempo de paz para todo o povo brasileiro. Com o tema ‘Orixás: a Grande Festa de Um Povo’ com uma encenação sobre a opressão sofrida pelos escravos por seus senhores de engenho.

Escola de Samba Brasil

A terceiro escola a desfilar pelo Grupo de Acesso, com 1000 componentes, trouxe o samba-enredo Karajás’, com uma viagem pela floresta do Xingu e a saga de Aruanã, o peixe que sonhava em virar homem, e a criação do povo Karajá.

A Unidos da Zona Noroeste trouxe ala de cadeirantes
(Crédito: Marcelo Martins / Prefeitura de Santos) 

GRUPO ESPECIAL

Neste sábado (23), às 19h30, a Corte Carnavalesca abre os desfiles, que iniciam às 20h, com oito escolas do Grupo Especial: Mocidade Dependente do Samba, Vila Mathias, Amazonense, União Imperial, X-9, Unidos dos Morros, Sangue Jovem e Real Mocidade Santista.