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Santos / Meio Ambiente

Equipes fazem poda de árvores no jardim da orla de Santos

Da Redação

A Prefeitura de Santos iniciou, nesta terça-feira (3), operações de manejo e poda das árvores do jardim da orla, no trecho entre o Parque Roberto Mário Santini (Emissário) e o canal 3, sob supervisão da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos). A previsão é que o serviço seja concluído no final da próxima semana.

As operações de manejo arbóreo e poda contam também com equipe voltada à trituração de galhos e outra para recolhimento de tocos. De acordo com o engenheiro agrônomo Ernesto Tabushi, da Seserp, encarregado da supervisão geral, o objetivo principal do manejo é a chamada poda de limpeza.

“Além de garantir o equilíbrio das copas das árvores, o trabalho visa à remoção de galhos podres, enfermos e atacados por espécies parasitas”, explicou, acrescentando que o serviço é realizado no período de queda das folhas, mas propício para essas ações. Na orla, prosseguiu o engenheiro agrônomo, predominam os chapéus-de-sol (Terminalia catappa) e palmeiras de diversas origens.

Por dia, são triturados cerca de 20m³ de galhos, material aproveitado como agregado orgânico nos próprios canteiros do jardim da praia.

Combate a parasita

As operações envolvem inclusive a poda de limpeza para a eliminação da erva-de-passarinho, hemiparasita de difícil eliminação, com raízes capazes de penetrar no interior do caule e sugar a seiva da árvore, chegando a matá-las, conforme explicou o engenheiro agrônomo Erico Gomes, que coordena os trabalhos. Hemiparasita é um parasita que não é completamente dependente do seu hospedeiro, podendo até viver sem ele.

Planta do gênero Phoradendron, a erva-de-passarinho é transmitida por meio das fezes dos passarinhos, que consomem as sementes dos galhos e, por meio de sua digestão, acabam incentivando a germinação.

“A melhor saída para combater os efeitos negativos desta espécie é a poda, que deve ser feita durante o inverno, época ideal e que precede o desenvolvimento das sementes do parasita”, prosseguiu o engenheiro.

No inverno, explicou, as folhas secam e caem, permitindo que a erva-de-passarinho seja facilmente identificada. Ele frisou, ainda, que a poda de limpeza é fundamental pelo fato de a hemiparasita, alheia ao frio e aos dias mais curtos, continuar com suas funções fisiológicas, roubando a pouca seiva que a árvore produz em estado de dormência no inverno.

Foto: Divulgação Prefeitura Municipal de Santos