Realizada na noite de segunda (10), a reunião marcada na Câmara Municipal de São Paulo para debater soluções para o conflito entre o Uber e os taxistas ficará lembrada pela discussão entre um rapaz de 17 anos e o vereador Adilson Amadeu (PTB), responsável pela criação do projeto de lei que proíbe as atividades em São Paulo do aplicativo que cobra por corridas particulares.
O encontro contou com a participação de políticos e representantes do Ministério Público, Uber e taxistas, além de pessoas interessadas em discutir o tema. Após diversas manifestações, um rapaz de 17 anos, que se identificou apenas como David, decidiu falar para defender o aplicativo.
Aparentando muito nervosismo, ele começou seu discurso destacando as qualidades do Uber. Após ser vaiado por alguns participantes, o jovem decidiu atacar: “Eu não recebo para defender o Uber, mas gostaria de saber quais vereadores e sindicalistas são pagos para criticar o aplicativo.”
Nesse momento, o vereador Amadeu levantou e criticou a atitude do rapaz: “Você não sabe o que está falando.” Rapidamente, guardas municipais e policiais militares escoltaram o rapaz para fora do auditório. No meio do tumulto, taxistas chamaram o menino de “mentiroso”.
No final da reunião, Amadeu disse que pretende denunciar o rapaz. “Vou identificar e entrar com uma representação contra ele.”
Inquérito
Nesta segunda, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a denúncia feita por um motorista do aplicativo Uber. O homem afirma que foi vítima de uma emboscada no Itaim-Bibi na madrugada do último sábado (8). Em seu depoimento, ele diz que foi cercado por aproximadamente vinte pessoas que se identificaram como taxistas. Ao tentar fugir, ele foi rendido, colocado dentro de um carro, agredido, ameaçado e liberado trinta minutos depois. O seu veículo foi encontrado depredado.
Com informações da Veja SP