Um dos setores prioritários da atual Administração Municipal está sob novo comando. A Delegada de Polícia, da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP). Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, assumiu a pasta da secretária de Segurança de Santos.
“Recebi com muita honra o convite feito pelo prefeito Rogério Santos. Nosso propósito é potencializar, com nosso conhecimento técnico, o que já existe de excelente (na Cidade) e os projetos que estão sendo implementados pela atual gestão”.
Embora a Segurança Pública seja uma responsabilidade do Governo do Estado, ela ressalta que “o Município pode ajudar muito no setor e aumentar ainda mais a qualidade de vida na Cidade, que já desponta com índices altos no Brasil e na América Latina”. Um de seus primeiros objetivos na pasta será a implantação de uma zona de segurança máxima na Cidade, tema que será discutido em reunião agendada para a próxima sexta-feira (28).
Em vigor desde setembro de 2023, o plano Santos Mais Segura vai aumentar em 45% o efetivo da GCM, que passará para 632 agentes, com a contratação de 200 guardas municipais, por meio de concurso público já em andamento.
Foram compradas 33 viaturas na frota, que passou a ter 116 veículos, incluindo carros, motos, quadriciclos, bicicletas e botes. Em relação ao armamento da GCM, já foram entregues 30 pistolas e cinco carabinas, sendo que mais 170 pistolas serão compradas, totalizando 205 armas. O Centro de Controle Operacional (CCO), onde a GCM e as forças de segurança pública atuam, também teve o reforço de dois drones.
PERFIL
Raquel Kobashi Gallinati Lombardi nasceu em Niterói (RJ), mas foi criada desde o primeiro ano de vida em Santos, onde estudou e viveu até os 18 anos de idade. Formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2000), é mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), pós-graduada em Ciências Penais pela Universidade Anhanguera – Uniderp (2011), pós-graduada em Direito de Polícia Judiciária na Academia Nacional de Polícia (ANP da Polícia Federal) de Brasília (2020) e pós-graduada em Processo Penal pela Escola Paulista da Magistratura (2023).
Atuou como advogada de 2001 a 2011, até ser aprovada no concurso para Delegado de Polícia, em 2012. Foi a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, eleita com quase 80% de aprovação para a Gestão 2016/2019. Foi reeleita com 97% dos votos que convalidaram a gestão do triênio seguinte (2019/2022).
Em 2021, foi eleita para compor a diretoria nacional da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – Adepol do Brasil, e para atuar na vice-presidência da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil.
Outro destaque: foi eleita pela quinta vez consecutiva como uma das melhores delegadas de Polícia do Brasil, de acordo com o Censo 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023 do Portal Nacional Delegados, na categoria Gestão e Destaque.
É coautora das obras jurídicas ‘Polícia Judiciária no Brasil e no Mundo’; ‘Combate à Violência Contra a Mulher – medidas protetivas – Lei Maria da Penha’; ‘Lei Maria da Penha – Comentários artigo por artigo e estudos doutrinários’ (obra selecionada em 2020 pelo STJ como referência doutrinária para juízes de todo o Brasil); ‘Delegado de Polícia Civil’; ‘Leituras Complementares de Direito Penal – Uma visão constitucional’ e ‘Direito Policial – Temas Atuais’. Em ‘A Constituição por Elas: A interpretação constitucional sob a ótica das mulheres’, foi responsável pelo capítulo 11, ‘A Polícia Judiciária no estado de direito e seus princípios fundamentais: Por um controle democrático da Polícia Judiciária’.
Em seu currículo também estão cursos sobre investigação de crimes contra a vida, direitos humanos e diversidades étnico-raciais; técnicas de abordagem e armas menos letais nas ações das polícias civis e mediação de conflitos, todos feitos na Academia de Polícia de São Paulo (Acadepol).