PUBLICIDADE

Santos / Porto

Lucro da Codesp sobe quase 16 vezes no primeiro semestre

Da redação

 A Autoridade Portuária de Santos (Codesp) registrou lucro líquido de R$ 63,5 milhões no primeiro semestre. O desempenho é 15,6 vezes maior do que o obtido no mesmo período de 2018, quando o resultado positivo foi de R$ 4 milhões. A alta do lucro, segundo a empresa, reflete a gestão pautada pelo equilíbrio econômico-financeiro, com maior controle das despesas.

A atual gestão tem revisado e renegociado contratos de serviços e firmado novos vínculos de transição de arrendamentos. Com isso, a receita líquida cresceu 12% em relação ao primeiro semestre de 2018, para R$ 468,4 milhões, e os custos dos serviços diminuíram 23,3%, para R$ 175,9 milhões.

“O resultado reflete o esforço diário da Companhia para fazer frente aos desafios que estão por vir, tais quais o fundo de pensão Portus e o PIDV [Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário]â€, afirma o diretor de Administração e Finanças, Fernando Biral.

Além disso, a Companhia se prepara para arcar com os custos da dragagem, serviço a ser contratado ainda neste ano.

 Novos tempos

A atual gestão assumiu o comando da empresa pública vinculada à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) do Ministério da Infraestrutura (MINFRA), no dia 25 de fevereiro de 2019. O Conselho de Administração (Consad) da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) aprovou a nomeação do engenheiro Casemiro Tércio Carvalho para ocupar o cargo de diretor-presidente da companhia depois do escândalo envolvendo a antiga diretoria na Operação Tritão.

Em outubro do ano passado a Companhia foi alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e o Ministério Público Federal. Sete pessoas, entre elas empresários, agentes públicos e o ex-presidente José Alex Botelho Oliva (foto) foram presas. Na época 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.

A Operação Tritão teve como objetivo investigar uma organização criminosa. Era um verdadeiro cartel que fraudava licitações em contratos de serviços de informática, consultoria e dragagem para a empresa. Os desvios, de acordo com a PF, totalizaram R$ 37 milhões de reais.

O esquema foi desmontado depois de que um vídeo gravado em 2016 por um assessor da presidência chegou às mãos dos procuradores do Ministério Público Federal. O inquérito foi aberto novembro de 2017. Era o início de uma mudança no alto comando da Codesp. E muito mais que isso: a transformação no modo de administrar a estatal.