O uso excessivo de álcool é um problema de dimensões mundiais, comprometendo a estabilidade social, familiar, financeira e da saúde. Segundo a OMS, próximo de 6% de todas as mortes estão relacionadas ao consumo prejudicial do álcool que pode causar mais de 200 tipos de doenças orgânicas e mentais. Além disso, o consumo de álcool favorece comportamentos que podem expor o indivÃduo à s infecções sexualmente transmissÃveis.
O problema é tão grave que todos os governos estabeleceram polÃticas públicas para tentar diminuir o prejuÃzo social, econômico e de saúde que ele provoca. O uso abusivo do álcool é um problema multifatorial e não um desvio de caráter, como se acreditava antigamente. Vários fatores contribuem para o problema: fragilidade social, a cultura e a aceitação social do álcool na comunidade, estresse profissional e/ou pessoal, problemas de autoestima, etc.
O padrão de consumo de álcool é variável e as condições preocupante não se limitam ao estereotipo clássico do beberrão diário e constante. Uso ocasionais de grandes volumes também são preocupantes, do mesmo modo para aqueles que consomem doses diárias acima de 24g/dia para mulheres ou 30 g/dia para homens. Há de se notar que se fala em quantidade de álcool ingerida e não em tipo de bebida. Uma lata de cerveja tem, em média, 17 g de álcool; um cálice de vinho, 18 g; e 35 mL de destilado, cerca de 17,5 g. De modo genérico, admite-se passa a ser prejudicial mais de duas doses diárias.
Uma forma simples para saber o nÃvel de dependência ao álcool é a utilização de um questionário padronizado denominado CAGE. Duas respostas afirmativas a essas quatro perguntas, passa ser importante repensar o nÃvel de consumo de álcool. 1. Você já tentou diminuir ou cortar a bebida?; 2. Você já ficou incomodado ou irritado com outros porque criticaram seu jeito de beber?; 3. Você já se sentiu culpado por causa do seu jeito de beber? 4. Você já teve que beber para aliviar os nervos ou reduzir os efeitos de uma ressaca?
O uso abusivo do álcool tem dimensões diferenciadas e preocupantes com cada grupo social. E a abordagem precisa ser diferenciada e nunca preconceituosa. Os jovens têm apresentado consumo crescentes e que traz comprometimento futuro importante. Ao se considerar o consumo por parte dos trabalhadores, pensa-se em força de trabalho comprometida. O ambiente profissional pode ser um fator positivo para a ingestão do álcool. Assim como o consumo em idosos pode comprometer uma fase da vida que já traz seus problemas orgânicos e sociais próprios.
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